Economia

Emprego na indústria fica estável em abril

Segundo o IBGE, na comparação com abril de 2012, o contingente de trabalhadores sofreu redução em oito das 14 áreas pesquisadas


	Funcionários trabalham na linha de montagem da Ford em fábrica de São Bernardo do Campo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionários trabalham na linha de montagem da Ford em fábrica de São Bernardo do Campo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 10h40.

São Paulo - O emprego na indústria brasileira registrou estabilidade em abril na comparação com março, mas recuou 0,5 por cento ante o mesmo mês do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Em março, o emprego na indústria havia voltado a subir na comparação mensal, com avanço de 0,2 por cento, depois de também ter mostrado estabilidade em fevereiro e ter recuado 0,1 por cento em janeiro.

Entretanto, na comparação anual, a queda no total de pessoal ocupado na indústria marcou o 19º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, ainda que o menos intenso desde janeiro do ano passado, quando houve queda de 0,4 por cento.

A estabilidade vista em abril vai na contramão do resultado da produção industrial no mesmo mês, quando houve alta de 1,8 por cento frente a março, segundo mês seguido de crescimento. Apesar disso, analistas ainda mantêm a cautela sobre se essa recuperação da indústria é sustentável.

Segundo o IBGE, na comparação com abril de 2012, o contingente de trabalhadores sofreu redução em oito das 14 áreas pesquisadas. O principal impacto negativo veio da Região Nordeste, com recuo de 4 por cento, com quedas em Pernambuco (-7,3 por cento) e Bahia (-5,3 por cento).

Por outro lado, as principais contribuições positivas vieram de Santa Catarina (1,4 por cento) e Região Norte e Centro-Oeste (1,1 por cento).

O IBGE informou ainda que o número de horas pagas subiu 1,0 por cento em abril em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, após queda de 0,3 por cento registrada em março. A leitura foi a maior expansão desde outubro do ano passado, quando houve alta de 1,1 por cento.

Na comparação com um ano antes, o número de horas pagas teve ligeira alta de 0,1 por cento em abril, ante queda de 1,5 por cento em março na mesma base de comparação, interrompendo 19 meses de taxas negativas consecutivas nesse tipo de confronto.

O desempenho da indústria brasileira foi errático no início do ano apesar das várias medidas de estímulo do governo, colaborando para o fraco crescimento de apenas 0,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Dentro do PIB, a indústria teve retração de 0,3 por cento no período.

Diante desse cenário, as apostas são de que a economia brasileira irá crescer em torno de 2,5 por cento neste ano.

Apesar disso, a taxa de desemprego do país se mantém em nível baixo, embora tenha subido ligeiramente pelo quarto mês seguido em abril, atingindo 5,8 por cento.

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