Emprego na indústria de SP tem começo de ano positivo
SÃO PAULO (Reuters) - O emprego na indústria de São Paulo aumentou pelo quinto mês seguido em janeiro, em uma performance avaliada pelo setor como positiva e que consolida o cenário de uma retomada neste ano, após a queda recorde em 2009. O crescimento foi puxado pelos segmentos voltados à demanda interna, com destaque […]
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2010 às 14h52.
SÃO PAULO (Reuters) - O emprego na indústria de São Paulo aumentou pelo quinto mês seguido em janeiro, em uma performance avaliada pelo setor como positiva e que consolida o cenário de uma retomada neste ano, após a queda recorde em 2009.
O crescimento foi puxado pelos segmentos voltados à demanda interna, com destaque para os setores automotivo e de investimento, enquanto o ramo sucroalcooleiro limitou a melhora, como costuma ocorrer no início do ano.
O emprego teve alta de 0,42 por cento em janeiro contra dezembro, com ajuste sazonal, o equivalente à abertura de 12 mil vagas, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quinta-feira. Sem ajuste, o avanço foi de 0,54 por cento.
"O ano começou bem.... com cara de um ano bom para a geração de empregos. Os indícios são de continuidade desse quadro", disse Walter Sacca, diretor-adjunto de economia da Fiesp.
A entidade estima para 2010 uma expansão do emprego industrial entre 6,2 e 6,3 por cento, após a queda de 4,3 por cento em 2009, que foi a maior da série histórica em razão da crise financeira mundial.
SETORES
Em janeiro, dos 22 setores pesquisados pela Fiesp, 17 relataram contratações em janeiro, 3 informaram estabilidade do emprego e 2 tiveram demissões.
Em números absolutos, os destaques de contratação no mês foram os setores de Veículos automotores, reboques e carrocerias, com 2.627 novos postos, e Máquina e equipamentos --uma medida dos investimentos--, com 2.158 vagas.
Em termos percentuais, os destaques de alta foram Produtos de madeira, que atende a construção civil, com alta de 1,7 por cento), Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5 por cento) e Máquinas e Equipamentos (1,3 por cento).
"São setores voltados mais ao mercado interno. Madeira e farmacêutico já vinham sofrendo menos em 2009 e agora continuam contratando", afirmou Sacca.
Os dois setores que demitiram em janeiro foram Produtos alimentícios (-0,7 por cento) e Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-3,3 por cento). O primeiro inclui o açúcar, enquanto o segundo tem participação do álcool combustível e refletiram a dispensa de funcionários após a safra.
Em 2010, mais setores devem se destacar no lado das contratações.
"Vemos todos os setores puxando o emprego para cima neste ano. Nos próximos meses, começa a safra de álcool, que também gera contratações", disse André Rebelo, economista da Fiesp.
"A economia está apresentando um crescimento generalizado em todos os setores e a gente espera um crescimento do emprego generalizado."