Economia

Emprego e salário caem na indústria em março, diz IBGE

O número de demissões no setor industrial continua superando o de contratações, de acordo com o indicador mês/mês anterior, na série livre de influências sazonais da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), do IBGE. Há uma redução de 0,5% nos postos de trabalho em março, após a queda de 0,3% registrada em fevereiro. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

O número de demissões no setor industrial continua superando o de contratações, de acordo com o indicador mês/mês anterior, na série livre de influências sazonais da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), do IBGE. Há uma redução de 0,5% nos postos de trabalho em março, após a queda de 0,3% registrada em fevereiro. Já no confronto com março de 2002, o emprego mostra estabilidade. No índice acumulado no ano, houve aumento de 0,5%, mas resultou negativo o acumulado dos últimos doze meses (-0,3%).

O valor da folha de pagamento do setor industrial também caiu, após dois meses seguidos de expansão: entre fevereiro e março, há uma queda real de 1,7%, já descontadas as influências sazonais. Nos demais indicadores, o quadro também é de perda: -6,3% em relação a março de 2002, -5,8% no acumulado do ano e -3,1% nos últimos doze meses. O valor médio da folha de pagamento também apresenta resultados negativos segundo os principais confrontos: -6,3% frente a março de 2002, -6,3% no acumulado do ano e -2,8% nos últimos doze meses.

Em março, o indicador de horas pagas volta a ser negativo em comparação com o mês de fevereiro, já descontados os componentes sazonais (-1,6%). Em relação a igual mês do ano anterior, observa-se recuo (-1,1%), o que faz com que o indicador acumulado no primeiro trimestre também se mostre negativo, com ligeira queda (-0,1%). O indicador dos últimos doze meses, apesar de negativo, aponta uma tendência de recuperação (-0,6%).

Regiões

Em relação a março do ano passado, o contingente de trabalhadores se amplia em cinco áreas investigadas. As indústrias da região Sul (2,2%) e do Paraná (4,9%) - impulsionadas, principalmente, pelo crescimento nos setores de madeira (14,7%), na primeira, e de madeira (17,7%), vestuário (16,5%) e alimentos e bebidas (5,8%), no segundo - respondem pelas maiores contribuições positivas no resultado de 0,0% do país. Do lado negativo, figuram com as maiores pressões as regiões Nordeste (-3,4%) e Sudeste (-0,7%).

Por setores industriais, ainda no confronto março 2003/março 2002, o número de empregados se expande em dez dos dezoito ramos pesquisados no total do país. Os aumentos de maior impacto no cômputo geral são observados nos setores produtores de alimentos e bebidas (2,3%), máquinas e equipamentos - exclusive eletro-eletrônicos e de comunicações (6,0%) e produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos (4,5%), e as quedas em outros produtos da indústria de transformação (-9,8%) e minerais não-metálicos (-3,6%).

Em bases trimestrais, verifica-se melhora no ritmo de crescimento do emprego na passagem do último trimestre do ano passado (0,1%) para o primeiro deste ano (0,5%). Este movimento atinge seis dos quatorze locais pesquisados, sendo mais relevante nas indústrias de São Paulo (que passam de -1,6% para 0,3%) e do Paraná (de 2,5% para 4,5%).

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