Economia

Emprego e folha de pagamento diminuem na indústria em junho

Após três meses seguidos de crescimento, o nível do emprego industrial voltou a cair (- 0,1%) em junho, na comparação com o mês de maio. Os demais indicadores permaneceram com taxas negativas: -1,3%, na comparação com junho de 2001, -1,5%, no segundo trimestre, e 1,7%, no acumulado do ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Após três meses seguidos de crescimento, o nível do emprego industrial voltou a cair (- 0,1%) em junho, na comparação com o mês de maio. Os demais indicadores permaneceram com taxas negativas: -1,3%, na comparação com junho de 2001, -1,5%, no segundo trimestre, e 1,7%, no acumulado do ano, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários do IBGE.

As médias móveis trimestrais, no entanto, segundo o instituto, continua indicando uma trajetória ligeiramente ascendente, com o trimestre encerrado em junho registrando um aumento de 0,2% sobre o nível de maio, que, por sua vez, superou em 0,7% o nível de abril.

Entre maio e junho, houve queda no número de vagas em nove dos 14 locais pesquisados. Os estados de São Paulo (-0,3%) e Rio de Janeiro (-1,3%) representaram as principais contribuições negativas, enquanto Minas Gerais (0,7%) exerceu a maior influência positiva, seguido pelas regiões Norte e Centro-Oeste (0,8%), Nordeste (0,6%) e Ceará (1,5%).

Ainda em relação ao mês anterior, na análise por setor industrial, fumo (-10,3%), calçados e couro (-0,9%), papel e papelão (-0,8%), e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-0,9%) responderam pelos impactos negativos mais importantes no resultado global. Por outro lado, os destaques positivos, em termos de participação, foram os segmentos de alimentos e bebidas, e extrativa mineral, ambos com 0,9% de crescimento.

Na comparação com junho do ano passado, a redução de -1,3% refletiu os movimentos adversos de quatorze das dezoito divisões industriais. Máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-15,1%) e vestuário (-3,4%) exerceram as principais pressões negativas no cômputo geral. Já os quatro ramos que aumentaram o número de empregados foram, por ordem de importância na participação, alimentos e bebidas (3,6%), refino de petróleo e produção de álcool (33,5%), fumo (14,5%) e papel e papelão (1,1%). Regionalmente, São Paulo (-3,7%) e Rio de Janeiro (-5,1%) foram as áreas que mais pressionaram negativamente o resultado global, contrabalançado pelo aumentos de Santa Catarina (3,2%) nas regiões Norte e Centro-Oeste (1,9%).

Na comparação com igual trimestre do ano anterior, houve ligeira melhora no ritmo de queda do emprego, uma vez que passou de -1,8% no primeiro trimestre para -1,5% no segundo. Nove segmentos melhoraram seus desempenhos no período, destacando-se refino de petróleo e produção de álcool (de 33,2% para 39,5%), madeira (de -10,9% para -5,2%), papel e gráfica (de -2,4% para 0,5%) e alimentos e bebidas (de 0,7% para 2,6%).

O indicador acumulado no ano ( -1,7%) mostrou redução no número de empregados em oito dos quatorze locais pesquisados. As influências negativas mais importantes vieram de São Paulo (-3,5%) e Rio de Janeiro (-6,3%), em contraposição ao avanço de Santa Catarina (4,6%). Setorialmente, foram registradas quedas em quatorze das dezoito atividades industriais, com destaque para as contribuições negativas de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-12,9%) e madeira (-8,1%). Já entre os ramos que registraram aumento, refino de petróleo e produção de álcool (36,6%), alimentos e bebidas (1,6%) e fumo (17,5%) figuram como as maiores influências positivas.

O setor industrial volta, em junho, a reduzir o valor da folha de pagamento de seus empregados, na comparação com o mês anterior (- 1,1%), após três meses consecutivos de expansão. Nos demais indicadores, os resultados também são negativos: -2,3% em relação a igual mês do ano anterior e -2,4% no acumulado do ano. O valor médio da folha de pagamento também se reduz segundo os principais confrontos: -1,1% entre maio e junho, -1,0% frente a junho do ano passado e -0,7% no acumulado do ano.

Na passagem de maio para junho, apesar de ter sido registrado aumento no valor da folha de pagamento da maioria dos locais pesquisados, a redução de 3,3% observada na indústria de São Paulo foi determinante para que o total da indústria brasileira atingisse queda de 1,1%. Entre as áreas que ampliaram a folha de pagamento, Minas Gerais (2,1%), região Nordeste (2,3%) e Paraná (2,5%) destacaram-se como as principais influências. Por outro lado, em nível setorial, predominaram os resultados negativos, que alcançaram doze dos dezoito setores pesquisados. As quedas de maior impacto no cômputo geral foram assinaladas nas indústrias de alimentos e bebidas (-4,7%) e de papel e gráfica (-2,6%). Em contrapartida, o setor produtor de refino de petróleo e produção de álcool (7,9%) respondeu pela principal contribuição positiva.

Na comparação com junho de 2001, o recuo de 2,3% no total da folha de pagamento da indústria também foi determinado pela redução verificada em São Paulo (-5,1%) e, como conseqüência, no Sudeste (-4,0%). Com resultados negativos, também, ficaram Rio de Janeiro (-3,1%), Paraná (-2,2%), Bahia (-3,7%) e região Nordeste (-0,7%). Entre os oito locais que expandem o valor da folha de pagamento, destacaram-se com as maiores taxas de crescimento as regiões Norte e Centro-Oeste (6,7%), Ceará (4,7%) e Rio Grande do Sul (3,8%). Por gêneros industriais, constata-se um quadro onde predominam variações negativas: treze dos dezoito setores investigados mostram recuo na folha de pagamento. Com a redução de maior impacto na formação da taxa global figura o ramo produtor de máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-14,6%), e com o principal aumento, o de alimentos e bebidas (6,6%).

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