Economia

Em relatório, Fed ainda vê covid-19 como risco ao sistema financeiro

Segundo a autoridade monetária, os ativos de risco nos EUA estão "vulneráveis a perdas significativas"

 (Gustavo Minas/Getty Images)

(Gustavo Minas/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2021 às 20h02.

Os ativos de risco nos Estados Unidos estão "vulneráveis a perdas significativas" decorrentes de um possível quadro de deterioração do sentimento de risco, piora da pandemia de coronavírus ou estagnação da retomada econômica. O diagnóstico é do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e consta em relatório semianual de estabilidade financeira, divulgado nesta segunda-feira, 8.

A autoridade monetária destaca que os preços dos ativos foram sustentados por um aumento nas expectativas de lucros e baixos juros dos Treasuries. Segundo o documento, os bancos seguem lucrativos e bem capitalizados, apesar de algumas incertezas deixadas pela crise da covid-19.

O Fed ressalta ainda que os balanços corporativos se beneficiaram de contínua melhora, juros baixos e apoio do governo. "No entanto, a ascensão da variante delta parece ter retardado as melhorias nas perspectivas para pequenas empresas", explica.

A análise acrescenta que os preços de residências "aumentaram significativamente" desde maio, mas que há "poucas evidências" de deterioração dos padrões de crédito.

De acordo com o BC dos EUA, "vulnerabilidades estruturais" persistem em alguns fundos de mercados monetários e outros veículos de gestão de dinheiro, que poderiam amplificar choques potenciais no sistema financeiro. "Existem também vulnerabilidades de risco de financiamento no crescente setor de stablecoins", pontua.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemMercado financeiroPandemia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto