Economia

Em Israel, presidente do Banco Central defende reformas e ajustes fiscais

Para Ilan Goldfajn, a reação dos países em desenvolvimento a eventuais choques externos depende de uma "frente doméstica".

Ilan Goldfajn: Presidente do BC não aceitará o convite de permanecer à frente da autoridade monetária por motivos pessoais (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: Presidente do BC não aceitará o convite de permanecer à frente da autoridade monetária por motivos pessoais (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de novembro de 2018 às 15h33.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendeu hoje (4), em Jerusalém, Israel, durante painel com economistas, a necessidade de dar continuidade às reformas, iniciadas pelo governo Michel Temer, e os ajustes fiscais. Segundo ele, a reação dos países em desenvolvimento a eventuais choques externos depende de uma "frente doméstica".

Ilan Goldfajn foi convidado a participar de um painel em que a discussão central foi o papel do Banco Central na economia.

Para Goldfajn, os países em desenvolvimento sofrem com o que chama de "choques": a normalização da política monetária em economias avançadas e os conflitos comerciais.

O presidente do Banco Central disse que as reações aos eventuais impactos causados pelos conflitos internacionais dependem dos fundamentos e medidas para atenuar, denominados buffers, em inglês.

O mundo assiste aos conflitos comerciais que envolvem Estados Unidos e China com a imposição de taxas de ambos os lados. Em declarações recentes, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que uma solução será negociada provavelmente na Cúpula do G20 (as 20 maiores economias do mundo), na Argentina, em dezembro.

Na apresentação em Israel, Goldfajn fez uma análise histórica do regime de meta de inflação em vigor no Brasil desde 1999 , observando a tendência e expectativa de queda também.

Em um dos gráficos, Goldfajn mostrou que a tendência de queda na taxa de juros no país. Ao final, ele afirmou que "a economia global continua a crescer, mas as perspectivas se tornaram mais desafiadoras".

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