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Em almoço com senadores, Levy volta a defender a CPMF

Ministro disse acreditar na recuperação da economia já em meados de março do ano que vem

Joaquim Levy: um dos argumentos do ministro seria o impacto da diminuição na arrecadação tributária (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 19h47.

Brasília - Em almoço nesta terça-feira, 10, com senadores do bloco União e Força (PTB, PR, PSC e PRB), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse acreditar na recuperação da economia já em meados de março do ano que vem, desde que se conclua todo o processo de ajuste fiscal no Congresso, de acordo com relato do líder do PR, senador Blairo Maggi (MT).

"Nós colocamos a dificuldade que achamos que temos no Senado, principalmente em matérias como a CPMF ", afirmou Maggi.

Segundo o senador, a maior resistência em se aprovar as matérias é justamente a incerteza quanto às contas do governo e o real déficit orçamentário.

"Percebemos que a cada semana é um número. Portanto, enquanto não chegar ao número final de déficit total que o governo tem, acho difícil o Congresso avançar."

Ainda de acordo com Maggi, apesar da colocação dos senadores quanto à dificuldade de aprovação das matérias, o ministro permanece resistente.

"Ele insiste que, entre os males, o menor que tem é a aprovação da CPMF, porque a atividade econômica que está sendo diminuída acaba trazendo mais prejuízos para os empresários e para todo mundo", explica.

Um dos argumentos de Levy seria o impacto da diminuição na arrecadação tributária, que tem acontecido porque empresas e pessoas físicas declaram o imposto, mas não o pagam.

A CPMF, entretanto, é reconhecida como uma contribuição difícil de se sonegar, já que é taxada sobre movimentações fiscais devidamente registradas.

Apesar da argumentação, Blairo Maggi se disse crítico ao posicionamento do ministro. "Acho que o caminho não é esse. O ministro insiste, mas o tempo vai mostrar quem tem razão. A economia caminha escada abaixo e deve ficar pior do que está."

Hoje ainda, Levy participa de um jantar na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB- CE), líder do partido no Senado. O jantar não está na agenda oficial do ministro.

Conforme noticiado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na sexta-feira, 6, senadores de partidos da base e da oposição começaram a se reunir reservadamente em grupos para discutir saídas para as crises política e econômica do País.

Nos encontros, semanais e fora do Senado, têm avaliado a conjuntura e, principalmente, discutido ações do governo da presidente Dilma Rousseff de uma agenda para a retomada do crescimento econômico.

Na terça-feira da semana passada, dia 3, ocorreu o maior encontro. Ao todo, 40 dos 81 senadores participaram de um jantar na casa do senador e empresário Raimundo de Lira (PMDB-PB).

Estiveram presentes na ocasião o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores tucanos Tasso Jereissati (CE) e Antonio Anastasia (MG).

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Brasília - Em almoço nesta terça-feira, 10, com senadores do bloco União e Força (PTB, PR, PSC e PRB), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , disse acreditar na recuperação da economia já em meados de março do ano que vem, desde que se conclua todo o processo de ajuste fiscal no Congresso, de acordo com relato do líder do PR, senador Blairo Maggi (MT).

"Nós colocamos a dificuldade que achamos que temos no Senado, principalmente em matérias como a CPMF ", afirmou Maggi.

Segundo o senador, a maior resistência em se aprovar as matérias é justamente a incerteza quanto às contas do governo e o real déficit orçamentário.

"Percebemos que a cada semana é um número. Portanto, enquanto não chegar ao número final de déficit total que o governo tem, acho difícil o Congresso avançar."

Ainda de acordo com Maggi, apesar da colocação dos senadores quanto à dificuldade de aprovação das matérias, o ministro permanece resistente.

"Ele insiste que, entre os males, o menor que tem é a aprovação da CPMF, porque a atividade econômica que está sendo diminuída acaba trazendo mais prejuízos para os empresários e para todo mundo", explica.

Um dos argumentos de Levy seria o impacto da diminuição na arrecadação tributária, que tem acontecido porque empresas e pessoas físicas declaram o imposto, mas não o pagam.

A CPMF, entretanto, é reconhecida como uma contribuição difícil de se sonegar, já que é taxada sobre movimentações fiscais devidamente registradas.

Apesar da argumentação, Blairo Maggi se disse crítico ao posicionamento do ministro. "Acho que o caminho não é esse. O ministro insiste, mas o tempo vai mostrar quem tem razão. A economia caminha escada abaixo e deve ficar pior do que está."

Hoje ainda, Levy participa de um jantar na casa do senador Eunício Oliveira (PMDB- CE), líder do partido no Senado. O jantar não está na agenda oficial do ministro.

Conforme noticiado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na sexta-feira, 6, senadores de partidos da base e da oposição começaram a se reunir reservadamente em grupos para discutir saídas para as crises política e econômica do País.

Nos encontros, semanais e fora do Senado, têm avaliado a conjuntura e, principalmente, discutido ações do governo da presidente Dilma Rousseff de uma agenda para a retomada do crescimento econômico.

Na terça-feira da semana passada, dia 3, ocorreu o maior encontro. Ao todo, 40 dos 81 senadores participaram de um jantar na casa do senador e empresário Raimundo de Lira (PMDB-PB).

Estiveram presentes na ocasião o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores tucanos Tasso Jereissati (CE) e Antonio Anastasia (MG).

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