Economia

Eletros planeja renegociar IPI reduzido com o governo

Estimulada pelo anúncio do governo de que a redução do tributo federal para automóveis e caminhões será mantida até 2014, a Eletros também quer o benefício


	Linha branca: desde 1º de fevereiro último, a alíquota do IPI sobre os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), móveis, laminados, painéis de madeira, luminárias e papel de parede começou a subir.
 (Leonardo Wen / VOCÊ S/A)

Linha branca: desde 1º de fevereiro último, a alíquota do IPI sobre os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), móveis, laminados, painéis de madeira, luminárias e papel de parede começou a subir. (Leonardo Wen / VOCÊ S/A)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 18h33.

São Paulo - Estão quase prontos os estudos para renegociar com o Ministério da Fazenda o patamar atual da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca. A informação foi dada à Agência Estado nesta segunda-feira pelo presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos), Lourival Kiçula. Estimulada pelo anúncio do governo, na semana passada, de que a redução do tributo federal para automóveis e caminhões será mantida até 2014, a Eletros também quer o benefício.

O anúncio da prorrogação da redução do IPI para automóveis e caminhões foi feito na noite de sábado (30) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois que a colunista Sônia Racy antecipou a notícia na edição do jornal O Estado de S.Paulo de quarta-feira (27). O imposto sobre carros e caminhões iria subir gradualmente a partir desta segunda-feira até chegar à alíquota normal em 1º de julho.

Kiçula disse que o setor sempre pretendeu solicitar ao governo a extensão do benefício para a linha branca, mas observou que a indústria eletroeletrônica tem até o fim de junho para negociar. "Os trabalhos estão semiprontos, mas o ideal é começar as conversas à véspera do término do acordo. (Ainda) É muito cedo", afirmou o presidente da Eletros. "Mas você pode estar certo de que em junho bateremos na porta do Ministério da Fazenda para negociar."

Desde 1º de fevereiro último, a alíquota do IPI sobre os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), móveis, laminados, painéis de madeira, luminárias e papel de parede começou a subir.

O acordo, feito no final de dezembro de 2012, previa que os aumentos seriam graduais até que o imposto chegasse a uma alíquota intermediária em junho e integral em julho. Assim, o IPI sobre fogões que em 31 de janeiro era 0% subiu para 2% em fevereiro e a partir de julho voltaria a 4%. As geladeiras cujo IPI em 31 de janeiro era de 5%, subiu a 7,5% no mês passado e retomaria a alíquota normal de 15% em julho. O tanquinho, seguindo o mesmo calendário, saltaria de 0% para 2% e chegaria em julho com o IPI em 10%. O único item da linha branca que manteria a alíquota reduzida, em 10%, seria a máquina de lavar. A alíquota normal do IPI para a máquina de lavar é de 20%.

Acompanhe tudo sobre:EletrodomésticosImpostosIPILeãoMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação