Eficiência energética: o combustível invisível de US$ 18 tri
Como a ideia de “reduzir a demanda e fazer mais com menos” tem se revelado uma tremenda oportunidade para turbinar a economia e atingir metas de desenvolvimento
Vanessa Barbosa
Publicado em 7 de outubro de 2014 às 17h49.
São Paulo – Fonte invisível e subvalorizada mas com potencial de alavancar o desenvolvimento econômico e social de muitos países. Há algum tempo, seria difícil pensar em eficiência energética nesses termos. Mas a ideia de “reduzir a demanda de energia e fazer mais com menos” tem se revelado uma tremenda oportunidade de turbinar a economia e alcançar metas de desenvolvimento.
O mercado de eficiência energética já atinge cifras vultosas. Em 2012, os investimentos globais no setor somaram US$ 300 bilhões, montante equivalente ao investido na geração de carvão, petróleo e gás em todo o mundo. É possível ir além.
Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), os investimentos em eficiência energética podem gerar ganhos acumulados de US$ 18 trilhões até 2035, quase a soma das economias dos Estados Unidos e Canadá.
Em um estudo que reformula a discussão sobre o chamado " combustível escondido", a AIE mostra como a eficiência energética tem potencial para apoiar o crescimento econômico, melhorar o desenvolvimento social, promover a sustentabilidade ambiental, garantir a segurança energética e ajudar a produzir riqueza.
A Agência sinaliza uma mudança da visão tradicional de eficiência energética - de uma simples “redução de demanda de energia” para a de uma estratégia de fornecimento de melhorias sociais e econômicas concretas.
Uma informação salta aos olhos: as economias geradas pela eficiência energética têm sido maior do que a energia fornecida a partir de qualquer outro combustível. Por isso, a AIE reconhece a eficiência energética como "primeiro combustível" com grande potencial inexplorado para muitos países.
Ganhos “escondidos”
A melhoria da eficiência energética pode trazer benefícios em todo o conjunto da economia, com impactos diretos e indiretos sobre a atividade econômica (medida através do produto interno bruto), emprego, balança comercial e também nos preços da energia bruta.
Em geral, segundo a AIE, a análise das mudanças do PIB devido a políticas de eficiência energética de grande escala mostram resultados positivos, com crescimento econômico que varia de 0,25% a 1,1% ao ano.
Nas indústrias, a energia é muitas vezes vista como um custo operacional. Assim, sua economia é percebida como benefício advindo de outros investimentos e não como geração central de valor.
No entanto, as medidas de eficiência energética industrial oferecem benefícios substanciais. A pesquisa mostra que cada dólar investido em eficiência pode trazer 2,5 vezes mais em ganhos de produtividade, reforçando a competitividade, rentabilidade e produção das empresas.
Outro exemplo vem do setor residencial: a adoção de medidas de eficiência energética na construção de casas ajuda a garantir equilíbrio no clima interno e controle da entrada de luz.
São mudanças simples que deixam o ambiente mais saudável e podem melhorar drasticamente a saúde e bem-estar de seus moradores, reduzindo internações e afastamentos do trabalho por doenças.
Pressão sobre os recursos
A eficiência energética também se tornou um pilar de metas de desenvolvimento global, incluindo a de Energia Sustentável para Todos, das Nações Unidas. A demanda por energia elétrica deve aumentar em mais de um terço até 2035, com mais de metade deste crescimento vindo da China e da Índia.
Além da preocupação com o meio ambiente e impactos sociais causados pelo uso intensivo das térmicas e das usinas nucleares, os países estão tentando diversificar suas fontes de energia, visando reduzir a dependência externa e mitigar os efeitos da flutuação dos preços.
Segundo o relatório da AIE, “em face da crescente demanda de energia, das projeções de crescimento global e da necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o mercado de eficiência energética pode desenvolver-se rapidamente, desde que os interessados compreendam o seu valor”.
Brasil na lanterninha
Como país emergente, o Brasil tem uma fome gigante por energia. Mas seus índices de perda e desperdício de eletricidade também são altos. O total desperdiçado, segundo o Procel, chega a 40 milhões de kW, ou a US$ 2,8 bilhões, por ano.
Em estudo que avaliou a eficiência energética de 16 importantes economias do mundo, o país ganha apenas do México. Segundo o estudo, feito pelo Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee), um país que usa menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva.
Pontuação total | 65 (de 100) |
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Ranking geral | 1º |
Esforços nacionais | 5º |
Edificações | 2º |
Indústrias | 1º |
Transportes | 9º |
Pontuação total | 64 (de 100) |
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Ranking geral | 2º |
Esforços nacionais | 1º |
Edificações | 10º |
Indústrias | 2º |
Transportes | 1º |
Pontuação total | 63 (de 100) |
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Ranking geral | 3º |
Esforços nacionais | 1º |
Edificações | 3º |
Indústrias | 2º |
Transportes | 9º |
Pontuação total | 61 (de 100) |
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Ranking geral | 4º |
Esforços nacionais | 8º |
Edificações | 1º |
Indústrias | 5º |
Transportes | 5º |
Pontuação total | 61 (de 100) |
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Ranking geral | 4º empata com China |
Esforços nacionais | 1º |
Edificações | 3º |
Indústrias | 6º |
Transportes | 5º |
Pontuação total | 57 (de 100) |
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Ranking geral | 6º |
Esforços nacionais | 5º |
Edificações | 10º |
Indústrias | 6º |
Transportes | 3º |
Pontuação total | 57 (de 100) |
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Ranking geral | 6º empata com Japão |
Esforços nacionais | 4º |
Edificações | 8º |
Indústrias | 12º |
Transportes | 3º |
Pontuação total | 54 (de 100) |
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Ranking geral | 8º |
Esforços nacionais | 9º |
Edificações | 5º |
Indústrias | 6º |
Transportes | 5º |
Pontuação total | 50 (de 100) |
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Ranking geral | 9º |
Esforços nacionais | 5º |
Edificações | 5º |
Indústrias | 14º |
Transportes | 11º |
Pontuação total | 49 (de 100) |
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Ranking geral | 10º |
Esforços nacionais | 10º |
Edificações | 5º |
Indústrias | 2º |
Transportes | 16º |
Pontuação total | 45 (de 100) |
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Ranking geral | 11º |
Esforços nacionais | 14º |
Edificações | 13º |
Indústrias | 10º |
Transportes | 2º |
Pontuação total | 44 (de 100) |
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Ranking geral | 12º |
Esforços nacionais | 12º |
Edificações | 13º |
Indústrias | 6º |
Transportes | 13º |
Pontuação total | 42 (de 100) |
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Ranking geral | 13º |
Esforços nacionais | 11º |
Edificações | 8º |
Indústrias | 13º |
Transportes | 15º |
Pontuação total | 35 (de 100) |
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Ranking geral | 14º |
Esforços nacionais | 13º |
Edificações | 16º |
Indústrias | 10º |
Transportes | 11º |
Pontuação total | 30 (de 100) |
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Ranking geral | 15º |
Esforços nacionais | 15º |
Edificações | 15º |
Indústrias | 15º |
Transportes | 5º |
Pontuação total | 29 (de 100) |
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Ranking geral | 16º |
Esforços nacionais | 16º |
Edificações | 10º |
Indústrias | 16º |
Transportes | 13º |