Eduardo Giannetti: "Não se vende a prata para a família jantar fora" (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de agosto de 2017 às 13h18.
Última atualização em 26 de agosto de 2017 às 13h39.
Campos do Jordão - Os princípios da privatização são apoiados em sólidos argumentos, visto que a gestão privada poderá alcançar resultados superiores aos da gestão pública, mas esse processo não deve ser feito de forma a cobrir, temporariamente, as contas fiscais do governo, na opinião do economista Eduardo Giannetti.
"Não se vende a prata para a família jantar fora", destacou em entrevista coletiva, após participar do Congresso Internacional de Mercados Financeiros e de Capitais, organizado pela B3.
"O pacote de privatizações foi anunciado sem discussão ou debate, com a visão de fazer caixa para cobrir déficits fiscais de gastos correntes", disse.
Ainda sobre os anúncios, incluindo o da Eletrobras, Giannetti disse que os mesmos foram feitos para desviar a atenção e gerar ânimo artificial no mercado financeiro. "Anunciaram sem nem ter a condição de executar, sendo altamente improvável que se chegue a um meio termo nesse mandato tampão", destaca.