Economia

Economias do Brasil e da China são complementares, diz Furlan

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, destaca a complementaridade das economias do Brasil e da China e chama a atenção para o enorme potencial de negócios entre os dois países. As oportunidades, diz ele, vão além do conhecido papel do Brasil de fornecedor de alimentos e de matérias-primas básicas para […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, destaca a complementaridade das economias do Brasil e da China e chama a atenção para o enorme potencial de negócios entre os dois países. As oportunidades, diz ele, vão além do conhecido papel do Brasil de fornecedor de alimentos e de matérias-primas básicas para o mundo.

Apesar do salto dado pelos chineses nas últimas duas décadas, há muito a ser feito num país onde metade da população ainda vive no campo e cujos projetos de modernização da infra-estrutura, iniciados no Brasil há mais de 30 anos, só começaram a ganhar força mais recentemente. Há muitas oportunidades para empresas brasileiras nas áreas de telecomunicações, energia e de construção, sem falar na prestação de serviços de outra natureza.

"Reconheço os avanços extraordinários dos últimos anos, mas a fotografia da China de hoje é a de um país com banho de loja", diz. "Estamos falando aqui de uma economia e de um sistema político em transição, onde a presença do Estado ainda é fortíssima.""O Brasil", continua o ex-presidente da Sadia e um dos primeiros empresários brasileiros a prospectar negócios no país comunista há mais de 20 anos, "tem muito a oferecer também para a modernização do Estado, sobretudo na área tributária, como coleta de impostos".

Além disso, diz Furlan, os chineses estão interessados em usar o Brasil como base para penetrar seus produtos no resto do hemisfério. Empresas chinesas como a Gree, fabricante de aparelhos de ar-condicionado, instalaram-se no pólo industrial de Manaus há poucos anos com os olhos voltados para o mercado dos países vizinhos.

A Gree, que exporta 60% de sua produção para o México, Argentina e Venezuela, já comunicou à Superintendência da Zona Franca a intenção de atrair para o pólo industrial de Manaus fabricantes de componentes da cadeia. Nos próximos dias, segundo informações da superintendente da Suframa, Flávia Grosso, o conselho do organismo deve examinar um projeto de uma outra empresa chinesa interessada em montar motocicletas para atender os mercados interno e externo. 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada