Economia

Economia volta à retomada no 2º semestre, diz economista-chefe do Bradesco

Para Fernando Honorato Barbosa, setor de serviços será o último a se recuperar da crise causada pelo coronavírus

Avenida Paulista vazia: maior parte do país está em quarentena (Amanda Perobelli/Reuters)

Avenida Paulista vazia: maior parte do país está em quarentena (Amanda Perobelli/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2020 às 13h08.

Última atualização em 3 de abril de 2020 às 13h09.

O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, entende que a economia voltará a retomar a trajetória do crescimento a partir do segundo semestre. No entanto, de acordo com ele, este crescimento, do ponto de vista dos setores, não será linear.

Neste contexto, de acordo com Honorato, o setor de serviços será o último a se recuperar.

Com o lockdown, de acordo com o economista do Bradesco, ocorreu uma realocação dos gastos de fora para dentro dos domicílios. Ou seja, as pessoas passaram a gastar menos com restaurantes, por exemplo, e focaram em alimentos para preparo em casa.

Por isso, segundo Honorato, no curto prazo, os indicadores de inflação passarão a sofrer pressões de alimentação no domicílio e de produtos de higiene, mas deixará de sofrer pressão dos serviços.

Passado o lockdown, "os gastos com serviços voltarão mais lentamente", avalia Honorato.

Do ponto de vista da inflação, segundo o chefe do Departamento do Bradesco, o BC terá espaço para reduzir mais a Selic.

"Mas quanto mais o BC reduzir a Selic agora, mais ele terá que aumenta-la lá na frente", disse o economista.

O momento é crítico, é para o governo gastar mais, mas segundo Honorato, o momento é também para se manter a calma.

Acompanhe tudo sobre:Bradescoeconomia-brasileira

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto