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Economia subterrânea perde importância no PIB brasileiro

Bens e serviços não reportados ao governo respondiam por quase um quinto da economia brasileira há 10 anos, mas caíram para 16,2% em 2013

Mineiro inspeciona rocha extraída de uma mina subterrânea - Mineração (Ian Waldie/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 28 de maio de 2014 às 13h03.

São Paulo - A economia subterrânea é enorme no Brasil, mas tem perdido importância sistematicamente na última década.

É isso que mostra o Índice de Economia Subterrânea (IES) criado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE).

O indicador calcula valores absolutos e relativos da produção de bens e serviços não reportada ao governo - ou seja, que está à margem do PIB nacional .

Pirataria, atividades ilegais e sonegação de impostos, por exemplo, entram no cálculo.

O IES mostra que a economia subterrânea respondia por 21% do PIB do país em 2003. No ano passado, foram 16,2%.

A queda de quase cinco pontos percentuais está relacionada ao forte crescimento econômico, mas nos últimos 3 anos, os números caíram não só em termos relativos mas também absolutos. Veja na tabela:

Em % do PIBEm R$ (preços de 2013)
200321,0%709,2 bilhões
200420,9%744,1 bilhões
200520,4%750,9 bilhões
200620,1%770,6 bilhões
200719,4%786, 2 bilhões
200818,7%797,4 bilhões
200918,5%785,3 bilhões
201017,7%807, 9 bilhões
201116,9%796,6 bilhões
201216,8%792,3 bilhões
201316,2%782,3 bilhões

Os números atualizados, divulgados ontem, já usaram dados da PNAD Contínua, que analisa 5 mil municípios e não 3 mil como a PNAD anterior.

“Historicamente, a formalidade é mais forte nos grandes centros, e esse resultado mostra que ela também está se espalhando para os pequenos municípios, ainda que a economia já não tenha o mesmo vigor. É o que eu costumo chamar de melhora institucional do País”, explica Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV/IBRE.

O presidente executivo do ETCO, Evandro Guimarães, diz que a melhora dos números está relacionada a políticas públicas como a desoneração tributária, a ampliação do uso da Nota Fiscal Eletrônica, a desburocratização de processos tributários e as políticas dirigidas a pequenos empresários, como o MEI e o Simples Nacional.

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São Paulo - A economia subterrânea é enorme no Brasil, mas tem perdido importância sistematicamente na última década.

É isso que mostra o Índice de Economia Subterrânea (IES) criado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em parceria com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE).

O indicador calcula valores absolutos e relativos da produção de bens e serviços não reportada ao governo - ou seja, que está à margem do PIB nacional .

Pirataria, atividades ilegais e sonegação de impostos, por exemplo, entram no cálculo.

O IES mostra que a economia subterrânea respondia por 21% do PIB do país em 2003. No ano passado, foram 16,2%.

A queda de quase cinco pontos percentuais está relacionada ao forte crescimento econômico, mas nos últimos 3 anos, os números caíram não só em termos relativos mas também absolutos. Veja na tabela:

Em % do PIBEm R$ (preços de 2013)
200321,0%709,2 bilhões
200420,9%744,1 bilhões
200520,4%750,9 bilhões
200620,1%770,6 bilhões
200719,4%786, 2 bilhões
200818,7%797,4 bilhões
200918,5%785,3 bilhões
201017,7%807, 9 bilhões
201116,9%796,6 bilhões
201216,8%792,3 bilhões
201316,2%782,3 bilhões

Os números atualizados, divulgados ontem, já usaram dados da PNAD Contínua, que analisa 5 mil municípios e não 3 mil como a PNAD anterior.

“Historicamente, a formalidade é mais forte nos grandes centros, e esse resultado mostra que ela também está se espalhando para os pequenos municípios, ainda que a economia já não tenha o mesmo vigor. É o que eu costumo chamar de melhora institucional do País”, explica Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV/IBRE.

O presidente executivo do ETCO, Evandro Guimarães, diz que a melhora dos números está relacionada a políticas públicas como a desoneração tributária, a ampliação do uso da Nota Fiscal Eletrônica, a desburocratização de processos tributários e as políticas dirigidas a pequenos empresários, como o MEI e o Simples Nacional.

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