Economia

Economia quer pegar empréstimo internacional de US$ 4 bilhões para crise

Pela cotação do câmbio desta segunda-feira, os recursos para pegar o empréstimo correspondem a aproximadamente 21,9 bilhões de reais

Economia: governo vai pedir o dinheiro para o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o New Development Bank, o banco do Brics (Adriano Machado/Reuters)

Economia: governo vai pedir o dinheiro para o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o New Development Bank, o banco do Brics (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de maio de 2020 às 19h05.

Última atualização em 25 de maio de 2020 às 19h05.

A equipe econômica quer tomar 4,01 bilhões de dólares emprestados de organismos internacionais para o financiamento de despesas relacionadas à crise com o coronavírus, incluindo ampliação do Bolsa Família e pagamento do auxílio emergencial, do seguro-desemprego e do benefício direcionado aos que têm os contratos de trabalho suspensos ou jornadas reduzidas.

Pelo câmbio desta segunda-feira, os recursos correspondem a aproximadamente 21,9 bilhões de reais.

O pleito terá sua análise finalizada na tarde desta segunda-feira em reunião da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), composta por membros de diversas secretarias do Ministério da Economia, além do secretário de Política Externa Comercial e Econômica do Ministério das Relações Exteriores.

Dos 4,01 bilhões de dólares, o governo irá pleitear 1 bilhão de dólares do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e a mesma quantia tanto do Banco Mundial quanto do New Development Bank (NDB), o banco do Brics.

Fechando o pacote total também estão pedidos de empréstimos de 420 milhões de dólares do banco de desenvolvimento alemão KfW, 350 milhões de dólares da Corporação Andina de Fomento (CAF) e 240 milhões de dólares da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

O governo pretende direcionar 1,72 bilhão de dólares para o programa de renda básica emergencial, 960 milhões de dólares para expansão do Bolsa Família, 550 milhões de dólares para o programa de manutenção do emprego e renda e mais 780 milhões de dólares para aumento da concessão de seguro-desemprego em meio à expectativa de elevação do número de demissões com a crise.

Os números constam em documento visto pela Reuters.

A alternativa de financiamento junto a esses organismos em detrimento da emissão de dívida para cobertura dessas despesas vem num momento em que membros do time de Paulo Guedes têm destacado que a percepção de risco ligada ao Brasil tem influenciado a estratégia de colocação de títulos mais longos no mercado.

Na semana passada, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o país não tem dificuldade para se financiar com a venda de títulos públicos no mercado doméstico, mas sublinhou que a expansão fiscal só consegue ser bancada com aumento da dívida de curto prazo. Para papéis com vencimento a partir de três anos, a visão é que o prêmio envolvido é muito alto.

Acompanhe tudo sobre:Coronavíruseconomia-brasileiraMinistério da Economia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor