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Economia mundial deve ter menor crescimento desde crise de 2008, diz OCDE

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reduziu a previsão de crescimento mundial de 3% para 2,9%

Estados Unidos: economia americana, que atravessa um dos ciclos de crescimento mais longos, avançará 2,4% este ano, 0,4% menos que o previsto anteriormente (Mlenny/Getty Images)
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AFP

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 10h29.

Última atualização em 19 de setembro de 2019 às 11h01.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) reduziu de maneira considerável as previsões de crescimento da economia mundial para 2019 e 2020, situadas agora no menor nível desde a crise financeira de 2008/2009.

O crescimento mundial ficará abaixo de 3% este ano, a 2,9%, o que representa 0,3% a menos que nas previsões de maio.

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Em 2020 deve alcançar 3% (0,4% a menos que nas previsões de maio), anunciou a organização, que cita como principais motivos para a desaceleração do crescimento a incerteza provocada pelo Brexit , a guerra comercial e o endividamento privado.

A OCDE, que revisa seus dados quatro vezes ao ano, aponta que este será o menor crescimento mundial "desde a crise financeira, com riscos que continuam aumentando".

De acordo com a organização, as dificuldades se acumulam para o conjunto das principais economias mundiais, sobretudo para as da Eurozona e grandes países emergentes, afetados pela desaceleração da China e a queda de suas exportações de matérias-primas.

A Alemanha, maior economia da Europa, sofreu uma das revisões mais significativas: o país deve crescer 0,5% este ano (-0,2%) e 0,6% em 2020.

A economia dos Estados Unidos , que atravessa um dos ciclos de crescimento mais prolongados de sua história, avançará 2,4% este ano (-0,4%) e o resultado deve recuar 2% em 2020 (-0,3%).

Neste contexto de incertezas, a OCDE reduziu sobretudo as previsões para os países emergentes, especialmente da Índia, com um crescimento de 5,9% (-1,3%) em 2019 e de 6,3% no próximo ano (-1,1%).

A situação mais crítica é a da Argentina, em plena crise econômica e financeira, que registrará este ano uma recessão de 2,7% de seu PIB e de 1,8% em 2020.

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