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Economia eleva projeção de Selic média em 2021 de 2,8% para 3,60%

Os dados estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado no início da tarde.

Prédio do Ministério da Economia, em Brasília (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2021 às 15h00.

O Ministério da Economia atualizou nesta sexta-feira mais indicadores da grade de parâmetros macroeconômicos utilizados nos cálculos da execução orçamentária de 2021. Os dados estão no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado no início da tarde.

A equipe econômica elevou a projeção para a Selic média em 2021 de 2,8% para 3,6%. Há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual pela segunda reunião consecutiva, para 3,50% ao ano. O Banco Central já sinalizou nova alta de 0,75 p.p. em junho, para 4,25% ao ano.

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Já a projeção do Ministério da Economia para o câmbio médio deste ano passou de R$ 5,3 para R$ 5,4.

A previsão para a alta da massa salarial nominal passou de 6,2% para 4,0%.

Já a estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 64,3 para US$ 65,5.

Na última terça-feira, 18, a equipe econômica divulgou novas projeções para o crescimento da economia neste ano, que foi atualizado de 3,2% para 3,5%. Na ocasião, a projeção oficial para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,42% para 5,05%, enquanto a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) - utilizado para a correção do salário mínimo - passou de 4,27% para também 5,05%.

Despesas com créditos extraordinários sobem R$ 11,748 bi, diz ministério

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia, traz revisões em expectativas de receitas e nas projeções de gastos até o fim deste ano, na comparação com o relatório extemporâneo publicado em abril. O documento traz um aumento de R$ 11,748 bilhões nos créditos extraordinários para este ano, chegando um total de R$ 99,459 bilhões em despesas fora do limite do teto de gastos.

Além disso, a maior variação está no gasto com o abono e o seguro-desemprego, cuja previsão caiu R$ 1,322 bilhão, para R$ 50,182 bilhões. Por outro lado, o documento traz um acréscimo de R$ 1,206 bilhão na estimativa da complementação do Fundeb, chegando a R$ 20,448 bilhões.

A previsão de gastos com benefícios previdenciários em 2021 caiu R$ 354,5 milhões, para R$ 706,838 bilhões. A projeção para os pagamentos de pessoal e encargos sociais subiu R$ 37,2 milhões, para R$ 335,396 bilhões.

O gasto previsto com subsídios e subvenções ficou R$ 779,3 milhões menor, passando para R$ 12,838 bilhões. Já os valores estimados para o pagamento de precatórios e sentenças judiciais caiu R$ 455,8 milhões, para R$ 20,848 bilhões.

Pelo lado da arrecadação, a estimativa para as receitas com dividendos de estatais aumentou R$ 1,055 bilhão, passando para R$ 16,967 bilhões.

Já as receitas previstas com concessões subiram R$ 3,168 bilhões para R$ 7,849 bilhões. O relatório também mostra que a projeção para arrecadação com royalties neste ano aumentou R$ 4,374 bilhões, para R$ 72,770 bilhões.

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