Economia da China perde força após combates de riscos da dívida
Dados divulgados hoje destacaram o impacto econômico dos controle regulatórios, com a produção industrial e o investimento em ativo fixo abaixo do esperado
Reuters
Publicado em 15 de maio de 2017 às 09h04.
Pequim - O crescimento da China deu um passo para trás em abril após um início forte de ano, uma vez que a produção industrial, o investimento e as vendas no varejo desaceleram conforme as autoridades combatem os riscos da dívida em um esforço para conter um golpe à economia.
Dados divulgados nesta segunda-feira destacaram o impacto econômico dos controle regulatórios, com a produção industrial em abril e o investimento em ativo fixo nos quatro primeiros meses do ano abaixo do esperado reforçando as evidências do enfraquecimento do setor industrial e a força menor da segunda maior economia do mundo.
"(A desaceleração) é ainda mais forte do que esperávamos", disse Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics, em entrevista antes de o dados serem divulgados.
Entretanto, "ainda estamos um pouco distantes do enfraquecimento da economia ao ponto em que testará a tolerância das autoridades...uma vez que a urgência para lidar com algumas dessas questões de riscos financeiros (é ainda maior)", disse ele.
A produção industrial subiu 6,5 por cento em abril sobre o ano anterior, contra 7,6 por cento em março, enquanto o investimento em ativo fixo avançou 8,9 por cento nos quatro primeiros meses do ano, sobre um ritmo de 9,2 por cento entre janeiro e março.
Analistas consultados pela Reuters esperavam expansão de 7,1 por cento da produção industrial em abril, e aumento de 9,1 por cento do investimento em ativo fixo entre janeiro e abril.
O crescimento da produção desacelerou com a queda dos preços do aço e do minério de ferro em meio a preocupações sobre o aumento dos estoques depois que as usinas da China buscaram o maior volume possível do metal para elevar a produção ao nível mais alto desde dezembro de 2014.
Já as vendas no varejo avançaram 10,7 por cento em abril sobre o ano anterior, contra alta de 10,9 por cento em março uma vez que a comercialização de eletrodomésticos e automóveis diminuiu em relação a março.