Economia

Economia argentina crescerá 2,9% em 2017 e 3,0% em 2018

Com esses números, a economia argentina se recuperou da contração de 2,2% sofrida em 2016, detalhou a Cepal

Argentina: o documento detalhou que a inflação na Argentina caiu de 40,5% em 2016 para 26% (Clive Rose/Getty Images)

Argentina: o documento detalhou que a inflação na Argentina caiu de 40,5% em 2016 para 26% (Clive Rose/Getty Images)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2017 às 16h23.

Santiago - A economia argentina prevê um crescimento de 2,9% em 2017, que pode subir para 3% em 2018, impulsionada pelo consumo privado, o gasto público e o investimento, afirmou nesta quinta-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Com esses números, a economia argentina se recuperou da contração de 2,2% sofrida em 2016, detalhou a Cepal em seu Balanço Preliminar da Economia Regional, que o órgão das Nações Unidas apresentou nesta quinta-feira na capital chilena.

O documento detalhou que a inflação na Argentina caiu de 40,5% em 2016 para 26% nos primeiros dez meses de 2017, e que o emprego aumentou 1,4% até agosto.

Segundo a Cepal, a recuperação da economia argentina durante 2017 se deveu tanto a fatores internos como externos, entre os quais destacou a leve alta da economia brasileira, que incidiu de maneira positiva nas exportações ao Brasil, entre outros.

O endividamento externo teve um aumento em 2017 a respeito do ano anterior, que financiou o déficit fiscal e de conta corrente, e que explicou o aumento das reservas internacionais.

O déficit fiscal se manteve em 4,7% do PIB nos dez primeiros meses do ano. O PIB por habitante fechará 2017 com uma alta de 2%, enquanto a inflação deve terminar o ano com uma taxa de 22,9% e o desemprego em 9%, frente aos 8,5% do ano anterior.

O balanço de pagamentos fechará com um déficit de US$ 26,853 bilhões na conta corrente e um superávit de US$ 39.965 milhões na conta capital e financeira.

Para 2018, a Cepal espera que a economia argentina mantenha a dinâmica expansiva, com um crescimento em torno de 3%, mas que não se modifiquem substancialmente as condições financeiras internacionais.

Neste contexto, a intensidade do crescimento dependerá do sustento da recuperação dos parceiros comerciais e da evolução das receitas efetivas das famílias, do crédito ao setor privado e do viés da política fiscal.

Em um cenário de números positivos previstos para o Brasil no próximo ano, está prevista uma leve subida dos salários reais e da estabilidade do gasto público na Argentina.

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