Economia argentina cresce e país deixa a recessão
O país deixou recessão prolongada no segundo semestre e registrou uma expansão de 0,5% no quarto trimestre de 2016 em relação ao terceiro trimestre
Reuters
Publicado em 21 de março de 2017 às 20h27.
Última atualização em 21 de março de 2017 às 22h27.
Buenos Aires - A economia da Argentina deixou a recessão prolongada no segundo semestre e registrou uma expansão de 0,5 por cento no quarto trimestre de 2016 na comparação com o terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados pelo governo argentino nesta terça-feira.
A agência estatística Indec também revisou a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre para um avanço de 0,1 por cento ante o segundo trimestre, projeção melhor do que a de uma queda de 0,2 por cento feita anteriormente.
Analisados em conjunto, os dados mostram que a economia da Argentina cresceu no segundo semestre, depois de ter encolhido por três trimestres consecutivos.
O governo do presidente de centro-direita Mauricio Macri espera que a recuperação econômica possa aumentar a sua taxa de aprovação antes das eleições de outubro.
A coalizão de Macri, "Vamos Mudar", tem tentado convencer os eleitores a darem para Macri uma chance de continuar sua agenda de reformas favoráveis ao mercado.
Macri assumiu o cargo em dezembro de 2015 após mais de uma década de governo populista ter deixado a Argentina com inflação desenfreada, baixas reservas no Banco Central e um amplo déficit fiscal.
A economia caiu no quarto trimestre de 2015, e entrou em recessão no primeiro semestre do ano passado.
Algumas das reformas de Macri destinadas a reduzir o déficit e incentivar o investimento, incluindo deixar o peso flutuar e cortar os subsídios, aprofundou a recessão ao destruir o poder de compra dos consumidores.
A frustração popular com essas políticas cresceu nos últimos meses, com uma pesquisa neste fim de semana mostrando que mais argentinos desaprovam o Macri do que aprovam pela primeira vez desde que assumiu o cargo.
O Indec também informou que o PIB da Argentina recuou 2,1 por cento entre outubro e dezembro ante o quarto trimestre de 2015, o terceiro declínio trimestral consecutivo. A economia encolheu 2,3 por cento no ano de 2016 como um todo comparado com 2015.
O governo argentino espera que a economia cresça 3,5 por cento em 2017, embora os economistas privados vejam um crescimento ligeiramente inferior em 3 por cento.