Economia

É cedo para falar em redução de estímulos, diz BCE

Membro do BCE disse que mudanças devem ser cuidadosas pois a recuperação do bloco é frágil e o aumento da inflação pode não ser sustentável

Yves Mersch: membro do BCE afirmou que a autoridade monetária agirá com cautela no que diz respeito a política monetária (Hannelore Foerster/Getty Images)

Yves Mersch: membro do BCE afirmou que a autoridade monetária agirá com cautela no que diz respeito a política monetária (Hannelore Foerster/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 11h00.

Frankfurt - As taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) podem estar perto da mínima, mas ainda é prematuro falar sobre a redução do estímulo econômico dado o risco de agir cedo demais, disse o membro da Comissão Executiva do BCE Yves Mersch nesta quinta-feira.

A recuperação do bloco é frágil e o aumento da inflação pode não ser sustentável, então qualquer reversão precisa ser muito gradual e cuidadosa, disse Mersch em uma conferência.

O tom cauteloso de um dos poucos membros hawkish do Conselho do BCE sugere que qualquer aperto monetário ainda deve demorar algum tempo e que o banco continua no caminho certo para prorrogar seu esquema de compra de ativos para além do prazo de março quando se reunir em dezembro.

"Se você olhar para o Federal Reserve dos EUA, eles foram muito cuidadosos na normalização da política", disse Mersch. "Eu não estaria completamente errado se dissesse que o BCE também fará o mesmo, agindo com a cautela necessária."

"Acredito que (falar sobre acabar com o estímulo) provavelmente ainda é prematuro, dada a fragilidade do ritmo da trajetória de crescimento europeu", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:EuropaBCEPolítica monetária

Mais de Economia

O que muda com a redução de benefícios fiscais aprovada pelo Congresso

Comércio projeta melhor Natal desde 2014, com vendas de quase R$ 73 bilhões

Congresso aprova Orçamento de 2026, com R$ 61 bi para emendas e salário mínimo de R$ 1.621

Comissão do Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$ 6,5 trilhões em despesas