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Campos Neto quer avanços em pagamento instantâneo e fintechs

Novo presidente do Banco Central pediu também menos juros subsidiados na economia e mais acesso ao mercado de capitais

Roberto Campos Neto prometeu trabalho incansável para assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2019 às 17h25.

Última atualização em 25 de abril de 2019 às 12h35.

Brasília — O novo presidente do Banco Centra l, Roberto Campos Neto , elencou nesta quarta-feira, 13, um conjunto de medidas que ele pretende tomar para ampliar o mercado de capitais no país.

Em termos de inclusão, ele citou o fomento ao uso de plataformas digitais de crédito - as chamadas fintechs - e o fortalecimento de programas de microcrédito, além do estímulo ao cooperativismo.

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Já no âmbito de precificação, Campos Neto apontou que buscará avanços em áreas como sistema de pagamentos instantâneos, open banking , blockchain e centrais de garantias.

"Nesse sentido é importante reduzir os custos operacionais e burocráticos e facilitar a entrada de pequenas e médias empresas e de investidores estrangeiros. Para garantirmos a inserção do país no mercado internacional, é preciso, através de uma agenda de simplificação, fomentar a disponibilização de ferramentas de hedge cambial voltadas a investimentos de mais longo prazo", avaliou.

Na dimensão de transparência, o presidente do BC defendeu a explicitação dos subsídios implícitos nos direcionamentos de crédito, a criação um novo modelo de fomento à atividade rural e a modernização dos mecanismos de captação de recursos destinados à construção civil.

"No setor privado é necessário melhorar as informações sobre serviços e produtos financeiros, inclusive sobre os custos de conformidade nos processos de emissão de dívida e equity, permitindo a efetiva concorrência nos mercados", completou.

Entre os objetivos da sua gestão, Campos Neto ainda listou a redução do custo de intermediação financeira, uma maior abertura do mercado para os estrangeiros - com uma eventual moeda conversível que sirva de referência para a região -, e a redução do papel do governo no sistema financeiro.

"Em suma, o desenvolvimento do país e de um sistema financeiro moderno e inclusivo exige trazer ao centro do palco o indivíduo - as famílias, as empresas - e reduzir o papel do estado como um grande ator de mercado. É preciso abrir espaço para que haja mais empreendedores e menos atravessadores", concluiu.

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