Economia

Dom Cabral: câmbio elevará índice de internacionalização

A internacionalização das empresas brasileiras cresce a uma taxa média anual de 1%, o que não deve ser alterado pela crise

Fachada da Fundação Dom Cabral: Cretoiu não espera grandes mudanças para o próximo ranking apesar da possibilidade de aumento no índice de internacionalização (Divulgação)

Fachada da Fundação Dom Cabral: Cretoiu não espera grandes mudanças para o próximo ranking apesar da possibilidade de aumento no índice de internacionalização (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 15h42.

São Paulo - Estudo da Fundação Dom Cabral divulgado nesta terça-feira mostra que a internacionalização das empresas brasileiras cresce a uma taxa média anual de 1%, porcentual que não deve ser alterado em razão da crise internacional mas, sim, por causa do aumento das receitas em dólar decorrentes do câmbio. A opinião é do coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da instituição, Sherban Cretoiu, que apresentou o Ranking das Transnacionais Brasileiras de 2012.

"O índice pode aumentar devido ao crescimento da receita proveniente do câmbio, já que as companhias fecham seus balanços em reais", diz. O índice de transnacionalidade elaborado pela Dom Cabral leva em consideração as receitas, os ativos e o número de trabalhadores das operações fora do País. A pesquisa foi realizada com 47 transnacionais e 16 franquias nacionais em questionários aplicados entre março e maio de 2012.

Apesar da possibilidade de aumento do indicador de internacionalização das empresas, Cretoiu não espera grandes mudanças para o próximo ranking, que fará a análise das transnacionais incorporando o agravamento da crise soberana europeia verificado em 2012. A pesquisa mostra que 72,3% das transnacionais responderam que não têm intenção de entrar em novos mercados neste ano.

O coordenador do estudo descarta, no entanto, uma redução da participação internacional nos balanços das companhias. "As empresas vão tentar otimizar a produção nos locais em que já atuam e aumentar a participação nesses mercados", afirma, lembrando que 60,9% planejam expansão nos mercados onde já atuam, enquanto 39,1% preveem estabilidade.

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