Economia

Dólar tem leve alta ante real após Ibope e à espera de Fed

Pesquisa Ibope mostrou aumento na vantagem numérica de Marina Silva contra Dilma Rousseff em um esperado segundo turno


	Notas de dólar: às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,70%, a 2,3455 reais na venda
 (AFP)

Notas de dólar: às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,70%, a 2,3455 reais na venda (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 12h15.

São Paulo - O dólar ampliava a alta ante o real nesta quarta-feira, com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode trazer novas pistas sobre quando os juros começarão a subir na maior economia do mundo.

Investidores também continuavam atentos aos desdobramentos da disputa presidencial no Brasil e à possibilidade de o Banco Central brasileiro aumentar sua atuação no câmbio.

Às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,70 por cento, a 2,3455 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 350 milhões de dólares, pequeno para o horário.

"O mercado só vai acordar à tarde, quando sair a decisão do Fed. Até lá, deve ficar caminhando de lado", disse o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

O Fed anuncia sua decisão às 15h (horário de Brasília) e, meia hora mais tarde, a chair Janet Yellen dará entrevista coletiva.

A perspectiva de que o banco central poderia sinalizar que a alta dos juros virá mais cedo do que o esperado vinha impulsionando o dólar globalmente nas últimas semanas. Taxas mais altas nos EUA podem atrair recursos aplicados em outros países.

Contudo, na véspera, vídeo publicado pelo The Wall Street Journal tirou força dessas expectativas, sugerindo que o Fed deve manter a linguagem indicando a manutenção dos juros perto de zero.

A tese ganhou um pouco mais de força nesta manhã, após os preços ao consumidor nos EUA registrarem em agosto a primeira queda em quase um ano e meio.

No Brasil, na noite passada foi divulgada pesquisa Ibope mostrando aumento na vantagem numérica de Marina Silva (PSB) contra Dilma Rousseff (PT) num esperado segundo turno das eleições presidenciais, embora as duas continuem empatadas tecnicamente.

Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, ganhou fôlego no primeiro turno.

A condução da política econômica do governo de Dilma tem sido alvo de críticas nos mercados financeiros. Na sessão passada, circularam rumores de que o aumento da diferença entre as duas candidatas seria maior.

"Foi ventilado que Marina se recuperaria um pouco em relação à última pesquisa e isso aconteceu mesmo", disse o superintendente de derivativos de uma gestora internacional.

A pressão recente sobre a moeda norte-americana no Brasil alimentou expectativas de que o BC poderia aumentar a intervenção no câmbio via leilões de swaps para rolagem.

Por enquanto, a autoridade monetária continuou vendendo a oferta de até 6 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem do lote de outubro.

Ao todo, o BC já rolou cerca de 35 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias. Foram vendidos 3 mil contratos para 1º de junho e 1 mil para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a 198,2 milhões de dólares.

Atualizado às 12h15

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarIbopeMoedasReal

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame