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Dólar pode passar por “cabo de guerra” de medidas

Governo vinha adotando maneiras de valorizar a moeda frente o real, mas começou o mês com o movimento contrário

Dólar (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 09h00.

São Paulo – O governo vinha adotando medidas para manter o dólar valorizado frente o real. Mas o mês de dezembro começou com um anúncio que pode causar justamente o efeito contrário no câmbio .

Uma medida anunciada pelo governo reduziu de 720 dias para 360 dias o prazo mínimo para que os empréstimos obtidos no exterior fiquem isentos da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Assim, a captação de empresas em dólares fica mais “barata”, facilitando a entrada da moeda no Brasil, o que pode levar a cotação para baixo.

“Esse movimento pode sinalizar que o governo acredita que o dólar chegou num patamar confortável”, afirma Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimentos. Esse patamar confortável seria a cotação do dólar flutuando entre 2,05 reais e 2,10 reais, um nível que pode ser considerado competitivo para a indústria e bom para o controle da inflação.

A dúvida sobre esse patamar teórico é o discurso que vinha sendo adotado. Na visão de Santos, os sinais que o governo dava era de uma moeda cotada em 2,10 reais, o que dificulta entender quais serão as próximas medidas.

Os sinais opostos dificultam prever se mais medidas de valorização ou desvalorização estão a caminho. O mais provável, porém, na visão da economista, são medidas opostas, para valorizar ou desvalorizar o dólar, na tentativa de manter a flutuação nesse novo patamar da moeda. “Ao menos no curto e médio prazo, devemos ver esse tipo de defesa”, afirma Jankiel Santos.

De R$ 2 para cima

Apenas um ponto parece mais claro para o mercado (e para o governo). “O próprio ministro Guido Mantega disse que o dólar acima de 2 reais veio para ficar”, lembra o economista do BES Investimentos.

No final de novembro, o ministro da Fazenda se reuniu com empresários em São Paulo e fez uma apresentação na CNI (Confederação Nacional da Indústria), na qual afirmou que o dólar está acima de 2 reais há cinco meses, "o que mostra que veio para ficar”.

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Uma medida anunciada pelo governo reduziu de 720 dias para 360 dias o prazo mínimo para que os empréstimos obtidos no exterior fiquem isentos da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Assim, a captação de empresas em dólares fica mais “barata”, facilitando a entrada da moeda no Brasil, o que pode levar a cotação para baixo.

“Esse movimento pode sinalizar que o governo acredita que o dólar chegou num patamar confortável”, afirma Jankiel Santos, economista-chefe do BES Investimentos. Esse patamar confortável seria a cotação do dólar flutuando entre 2,05 reais e 2,10 reais, um nível que pode ser considerado competitivo para a indústria e bom para o controle da inflação.

A dúvida sobre esse patamar teórico é o discurso que vinha sendo adotado. Na visão de Santos, os sinais que o governo dava era de uma moeda cotada em 2,10 reais, o que dificulta entender quais serão as próximas medidas.

Os sinais opostos dificultam prever se mais medidas de valorização ou desvalorização estão a caminho. O mais provável, porém, na visão da economista, são medidas opostas, para valorizar ou desvalorizar o dólar, na tentativa de manter a flutuação nesse novo patamar da moeda. “Ao menos no curto e médio prazo, devemos ver esse tipo de defesa”, afirma Jankiel Santos.

De R$ 2 para cima

Apenas um ponto parece mais claro para o mercado (e para o governo). “O próprio ministro Guido Mantega disse que o dólar acima de 2 reais veio para ficar”, lembra o economista do BES Investimentos.

No final de novembro, o ministro da Fazenda se reuniu com empresários em São Paulo e fez uma apresentação na CNI (Confederação Nacional da Indústria), na qual afirmou que o dólar está acima de 2 reais há cinco meses, "o que mostra que veio para ficar”.

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