Economia

Dólar a R$ 3,25 não prejudica exportações, diz Lloyds TSB

A volta do dólar para 3,25/3,35 reais nos próximos meses, além de benéfica para fins inflacionários, não seria prejudicial à performance do comércio exterior já que o exportador está "dividindo" parte da desvalorização recente do real com o importador no exterior, avalia o Lloyds TSB. Além disso, a taxa média de câmbio no 2o semestre […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

A volta do dólar para 3,25/3,35 reais nos próximos meses, além de benéfica para fins inflacionários, não seria prejudicial à performance do comércio exterior já que o exportador está "dividindo" parte da desvalorização recente do real com o importador no exterior, avalia o Lloyds TSB.

Além disso, a taxa média de câmbio no 2o semestre (período de melhora acentuada na balança comercial) está em 3,33 reais, indicando que nesse nível o setor externo continuará estimulado.

Para os analistas do banco, a queda do dólar evitaria a necessidade do futuro governo, através do BC, adotar uma política monetária muito restritiva para dar credibilidade a meta inflacionária. O impacto de juros reais mais elevados seria sentido na atividade econômica e na dívida pública. "É importante que o futuro governo reafirme seu compromisso com a meta inflacionária estabelecida para 2003 até porque poderia gerar desconfianças se dissesse o contrário."

Outra possibilidade apontada pelo Lloyds TSB, com o nível de inflação atual o mercado está muito mais atento ao nome a ser escolhido para presidir o BC que precisa, de fato, ser considerado muito bom; e não é possível partir do princípio que gastos públicos adicionais possam ser financiados com uma taxa de inflação maior e, nesse sentido, são muito bem vindas as declarações de representantes do futuro governo que desconsideram essa possibilidade.

Caminhos para a apreciação do real

O Lloyds apresenta como primeira possibilidade para uma revalorização do real, que não está ao alcance do governo brasileiro, a retomada do desempenho da economia mundial, especialmente dos EUA. "A segunda alternativa depende, por outro lado, das atitudes que serão tomadas pelo futuro governo e de como o mercado as enxergar", afirma o banco, salientando que o "timing" do mercado é diferente do "timing" do governo e pode gerar maior volatilidade.

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