Dívidas atreladas à inflação preocupam governos e empresas no mundo
A dor de cabeça ligada à inflação ecoa os desafios mais amplos que surgem no final de mais de uma década de dinheiro fácil global
Agência de notícias
Publicado em 29 de julho de 2023 às 10h15.
Governos e empresas em todo o mundo passaram décadas carregando trilhões de dólares em dívidas cujos custos de juros oscilam junto com a inflação . Mas o que serviu como financiamento barato quando os preços estavam estagnados, rapidamente ficou mais caro.
A dor de cabeça ligada à inflação ecoa os desafios mais amplos que surgem no final de mais de uma década de dinheiro fácil global, em que os devedores emprestavam tomavam quantias a taxas de juros muito baixas e, às vezes, negativas. Investidores estão em alerta para vulnerabilidades financeiras depois de uma crise nos bancos regionais dos Estados Unidos neste ano, e com tensões surgindo em propriedades comerciais.
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Preços de empréstimos de todo o tipo têm crescido fortemente para governos, empresas e consumidores, à medida que os bancos centrais aumentaram as taxas de juros para combater as pressões sobre os preços. As taxas subiram nos empréstimos atrelados à inflação, mas essas não são a única fonte de dor.
À medida que os títulos padrão com taxas fixas vencem, eles precisam ser substituídos por novas dívidas mais caras. Enquanto isso, as taxas de juros dos empréstimos são frequentemente flutuantes, o que significa que refletem rapidamente as mudanças nas taxas de juros.
Os governos pagarão cerca de US$ 2,2 trilhões em juros gerais da dívida este ano, estima a Fitch Ratings. Eles tinham US$ 3,5 trilhões em dívidas atreladas à inflação pendentes no final de 2022, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais, o equivalente a cerca de 11% de seus empréstimos totais.