Economia

Dívida Pública Federal sobe R$ 34 bilhões em agosto

Dívida pública mobiliária (em títulos públicos) interna subiu 1,69%, de R$ 1,864 trilhão para R$ 1,896 trilhão


	Dinheiro: em dezembro, a DPF ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 2 trilhões, mas caiu nos meses seguintes
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: em dezembro, a DPF ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 2 trilhões, mas caiu nos meses seguintes (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 15h27.

Brasília – O forte volume de emissões de títulos públicos fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir R$ 34 bilhões em agosto e voltar a se aproximar de R$ 2 trilhões.

De acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 1,992 trilhão, com alta de 1,77% em relação ao estoque registrado em julho (R$ 1,957 trilhão).

A dívida pública mobiliária (em títulos públicos) interna subiu 1,69%, de R$ 1,864 trilhão para R$ 1,896 trilhão. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 17,55 bilhões em títulos a mais do que resgatou.

Além disso, o reconhecimento de R$ 13,98 bilhões em juros contribuiu para o aumento da dívida. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

Por causa da alta de 3,59% do dólar em agosto, a dívida pública externa subiu de R$ 92,70 bilhões em julho para R$ 95,84 bilhões no mês passado. O aumento ocorreu apesar de o Tesouro Nacional ter recomprado R$ 41,17 milhões em títulos da dívida externa em agosto.


O principal fator para a alta da DPF no mês passado é o fato de que agosto não foi marcado por vencimentos expressivos de títulos públicos, que compensam as emissões feitas pelo Tesouro e diminuem o aumento do estoque.

Em julho, os vencimentos tinham somado R$ 80,05 bilhões em títulos, contra R$ 12,02 bilhões no mês passado.

Apesar de continuar abaixo de R$ 2 trilhões, o próprio Tesouro reconhece que a DPF deve voltar a subir nos próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em julho, a tendência é que o estoque da Dívida Pública Federal encerre o ano entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.

Em dezembro, a DPF ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 2 trilhões, mas caiu nos meses seguintes.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos.

Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

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