Economia

Dívida líquida pública fica em 35,1% do PIB

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 2,983 trilhões, o que representou 59,0% do PIB. Em junho, essa relação estava em 58,5%


	Banco Central: a elevação da dívida líquida foi influenciada pelos juros e a valorização cambial
 (Gregg Newton/Bloomberg)

Banco Central: a elevação da dívida líquida foi influenciada pelos juros e a valorização cambial (Gregg Newton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 13h36.

Brasília - A dívida líquida do setor público subiu para 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho ante 34,9% em junho. Em dezembro de 2013, estava em 33,6% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,773 trilhão. As informações são do Banco Central

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 2,983 trilhões, o que representou 59,0% do PIB. Em junho, essa relação estava em 58,5% e, em dezembro do ano passado, em 56,7%.

De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida foi influenciada pelos juros nominais apropriados (2,9 pontos porcentuais) e a valorização cambial de 3,2% no ano (0,5 pp). Em sentido contrário, segundo a instituição, o crescimento do PIB nominal e o superávit primário contribuíram para reduzir a relação em 1,4 pp e 0,5 pp, respectivamente.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que diante dos resultados registrados pelo setor público nos últimos três meses, com déficits consecutivos, a meta de superávit primário do ano ficou mais distante.

"A meta do ano, com esses déficits dos últimos três meses, fica mais distante e exigirá esforço maior do governo nos últimos cinco meses do ano", avaliou.

Maciel listou os dados fiscais consolidados pelo BC divulgados na manhã de hoje. Os números apresentados, mesmo em diferentes bases de comparação, foram classificados pelo economista entre os piores já registrados pela instituição.

Ele relatou, por exemplo, que a despesa de juros foi a maior para meses de julho. No acumulado do ano, essa conta atingiu R$ 148,2 bilhões.

"É a despesa mais elevada para o período de janeiro a julho", explicou. Ele ainda observou que o déficit nominal de janeiro a julho é também o pior para o período. "Com essas despesas de juros e o déficit primário, temos o maior déficit nominal da série histórica", disse.

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