Economia

Dívida da zona do euro aumenta em 2020 com gastos na pandemia

Endividamento dos 19 países que integram a moeda chegou a 98% do PIB da região no ano passado

As regras da UE, suspensas pela pandemia, estipulavam que governos deveriam se esforçar para não ter dívida pública superior a 60% do seu PIB (Yves Herman/Reuters)

As regras da UE, suspensas pela pandemia, estipulavam que governos deveriam se esforçar para não ter dívida pública superior a 60% do seu PIB (Yves Herman/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de abril de 2021 às 11h11.

Última atualização em 22 de abril de 2021 às 23h09.

A dívida da zona do euro aumentou no ano passado, à medida que os governos tomaram empréstimos pesados para manter suas economias ativas durante os lockdowns na pandemia, com países já endividados aumentando o número da dívida, mostraram dados do escritório de estatísticas da União Europeia (UE).

O Eurostat informou que a dívida agregada do governo nos 19 países que fazem parte da zona do euro cresceu 1,24 trilhão de euros, passando para 11,1 trilhões, ou de 83,9% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 para 98% no ano passado, enquanto o déficit passou de 0,6% para 7,2% do PIB.

A Grécia, que já luta com uma montanha de dívidas após a crise da dívida soberana, viu seus empréstimos aumentarem 25% no ano passado, elevando suas dívidas para 341 bilhões de euros, ou 205,6% do PIB - a maior da Europa comparado com o tamanho da economia.

 

 

A Itália tinha a segunda maior relação dívida/PIB com 155,8%, um aumento de 21,2 pontos em relação a 2019, porém é o país com a maior dívida da Europa em termos absolutos com um débito de 2,57 trilhões de euros.

A Estônia, relativamente recém-chegada à zona do Euro, e a Bulgária - país que tem expectativa de integrar a moeda única - tiveram alguns dos melhores desempenhos, com uma relação dívida/PIB de apenas 18,2% para a Estônia e de 25% para a Bulgária.

A Alemanha, maior economia da zona do euro, viu sua dívida aumentar 10 pontos percentuais, para 69,8% do PIB, e a segunda maior, a França, registrou um aumento de 18 pontos, para 115,7% do seu PIB.

As regras da UE, agora suspensas pela pandemia, estipulam que os governos devem se esforçar para não ter uma dívida pública superior a 60% do seu PIB.

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