Economia

Distribuidores de aço do Brasil cortam projeção de vendas

Sindisider reduziu nesta terça-feira a projeção de crescimento das vendas neste ano para 1%, com viés negativo


	Aço: projeção anterior era de crescimento de cerca de 4%
 (Paulo Fridman/Bloomberg News/Bloomberg)

Aço: projeção anterior era de crescimento de cerca de 4% (Paulo Fridman/Bloomberg News/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 14h59.

São Paulo - A entidade que representa o setor de distribuidores de aços planos do Brasil, a Sindisider, reduziu nesta terça-feira a projeção de crescimento das vendas neste ano para 1 por cento, com viés negativo, por conta do excesso de estoques e pessimismo no mercado, entre outros fatores.

"Caso continue esse ritmo (de vendas) de junho, (o número) pode ser revisado de novo, mas há uma boa chance permanecer esse 1 por cento", disse presidente da entidade, Carlos Loureiro, em entrevista.

A projeção anterior era de crescimento de cerca de 4 por cento. As vendas de junho recuaram 7,6 por cento sobre o mesmo período do ano anterior, a 347,8 mil toneladas, de acordo com dados divulgados pela Sindisider.

Os estoques, enquanto isso, encerraram o primeiro semestre em 1,063 milhão de toneladas, equivalentes a 3,3 meses de vendas.

Além dos elevados estoques, Loureiro também indicou a difícil situação do crédito e preços baixos para aços planos como fatores para um ambiente ruim do setor no Brasil. "Não podemos ser diferentes de nossos clientes. Se nossos clientes estão pessimistas, não tem como sermos diferentes", disse ele. "A sensação é de que teremos que passar por uma fase de ajustes", acrescentou Loureiro.

O ritmo de vendas em junho ficou em 16,1 mil toneladas diárias, pior nível desde dezembro de 2012, segundo dados da entidade. Loureiro disse que o segmento automotivo é o que vem comprando menos aço das distribuidoras. "O segmento da construção civil é que está melhor." 

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