Economia

Distribuidoras de energia querem mais R$ 7,9 bilhões

Recursos são pedidos para cobrir necessidade das distribuidoras de comprar eletricidade no mercado à vista já que não há contratos de longo prazo suficientes


	Torres de transmissão de energia: R$ 8,7 bilhões foram gastos para cobrir o rombo da companhias de fevereiro e março
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Torres de transmissão de energia: R$ 8,7 bilhões foram gastos para cobrir o rombo da companhias de fevereiro e março (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2014 às 10h44.

Brasília - A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) vai pedir ao governo mais R$ 7,9 bilhões para que as empresas do setor consigam honrar seus compromissos entre maio e dezembro de 2014. Isso porque o empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões anunciado em março pelo governo não durou até o fim do mês passado.

Cerca de R$ 8,7 bilhões foram gastos apenas para cobrir o rombo da companhias de fevereiro e março. Os R$ 2,5 bilhões restantes não serão suficientes para pagar pelo buraco de abril - que será liquidado em junho.

Os cálculos originais dos empresários do segmento apontavam buraco de R$ 7,2 bilhões na contabilidade da distribuição eletricidade para os próximos oito meses. Mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) corrigiu os valores da parcela para cobrir o rombo de março, que passou de R$ 3,3 bilhões para R$ 4 bilhões.

Somados com os R$ 4,7 bilhões usados para pagar fevereiro, o desembolso passou de R$ 8 bilhões para R$ 8,7 bilhões para os dois meses. Com isso, os R$ 3,2 bilhões de crédito que sobrariam para pagar a conta de abril viraram R$ 2,5 bilhões, insuficientes para pagar a fatura. "Nós acreditamos que os R$ 3,2 bilhões dariam para pagar apenas a liquidação de abril, que ocorrerá em junho. A própria Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já tem conhecimento disso", disse ao Estado o presidente da Abradee, Nelson Leite. Para a associação, o empréstimo não cobre R$ 700 milhões do rombo do mês passado.

Os recursos são usados para cobrir a necessidade das empresas de distribuição de luz comprarem eletricidade no mercado à vista, já que não conseguiram contratos de longo prazo suficientes para suas demandas no leilão realizado no fim do ano passado. Além disso, o dinheiro ajuda a pagar o alto custo da energia térmica durante a estiagem que derrubou os níveis dos reservatórios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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