Economia

Distribuidoras de energia devem receber R$2,5 bi de estatais

Bancos estatais deverão emprestar cerca de R$ 2,5 bilhões às distribuidoras de energia, disse o diretor da Aneel


	BNDES: empréstimo em discussão será o terceiro em pouco menos de um ano ao setor
 (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: empréstimo em discussão será o terceiro em pouco menos de um ano ao setor (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 20h06.

Brasília - Banco do Brasil, Caixa e BNDES deverão emprestar cerca de 2,5 bilhões de reais às distribuidoras de energia elétrica, disse nesta quarta-feira o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Reive Barros.

Segundo ele, a operação ainda não está fechada, mas os detalhes estão sendo discutidos nesta tarde pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e seu colega de Minas e Energia, Eduardo Braga.

Os recursos servirão para cobrir as operações das distribuidoras no mercado de curto prazo em novembro e dezembro e que não foram cobertas pelas tarifas cobradas pelas empresas.

Na segunda-feira, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, já havia comentado que um empréstimo do sistema financeiro ao setor elétrico era uma das alternativas em estudo pelo governo para cobrir os gastos das distribuidoras.

O empréstimo em discussão nesta quarta-feira será o terceiro em pouco menos de um ano ao setor de distribuição de energia elétrica.

O setor teve financiamento de 11,2 bilhões de reais acertado em abril passado e que contou com participação de 10 bancos, incluindo BB e Caixa.

Em agosto, o governo federal ajudou a alinhavar um segundo empréstimo, de 6,6 bilhões de reais, e que envolveu, BNDES, BB, Caixa, Bradesco, Santander Brasil, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Citibank. O custo deste empréstimo foi de CDI mais 2,35 por cento ao ano.

Reive, que participou do início da reunião com os ministros, afirmou que as condições do novo financiamento deverão ser as mesmas das operações de empréstimo ao setor realizadas no ano passado.

Procurados, Caixa e Banco do Brasil não puderam comentar o assunto de imediato. Representantes do BNDES não puderam ser contatados.

Os gastos das distribuidoras cresceram desde 2013, diante da maior exposição das empresas ao mercado de curto prazo e da intensa utilização de termelétricas pelo país, em meio à estiagem que reduziu o nível de água das represas de hidrelétricas.

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