Distribuição de renda é essencial, diz economista
Comentário sobre a economia brasileira ocorre depois que o país foi consolidado como a sexta maior economia global
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2011 às 18h47.
São Paulo - A consolidação do Brasil como a sexta maior economia do mundo, como aponta o estudo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês), é justificada pelo diretor de pesquisas da Associação Brain, André Sacconato, pelas reformas macroeconômicas e institucionais realizadas pelo país nos últimos anos e que tiveram como resultado a formação de mercado interno robusto. O desafio agora, segundo o economista, é dar suporte para que essa economia cresça no longo prazo, o que consiste em investir em infraestrutura, facilitar as regras do ambiente de negócios e distribuir renda.
Sacconato cita o mercado interno como o diferencial do Brasil no cenário econômico mundial. Ele diz que isso só se tornou viável com uma estruturação macroeconômica, com destaque para o fim da superinflação, a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e uma distribuição de renda caminhando junto com o crescimento do país. "O crescimento atual do Brasil trouxe benefícios para a classe média, o que gerou um mercado interno que o mundo inteiro está de olho", diz. "Esse é o diferencial do Brasil hoje".
O economista reconhece que o Brasil ainda tem muito para caminhar. Um exemplo disso é que, apesar de ultrapassar o Reino Unido e se colocar como a sexta maior economia global, o país ainda está longe dos líderes do ranking de Produto Interno Bruto per capita. "O cuidado que devemos ter é fazer política de distribuição de renda, o que o Brasil não fez nos anos 1970", afirma. "É interessante olhar para as políticas sociais que foram feitas, como por exemplo as do salário mínimo, para continuar com a distribuição de renda ao longo dos próximos anos".
Ele defende ainda reformas microeconômicas no país, que possibilitem atrair investimentos estrangeiros, e o fortalecimento da indústria nacional por meio de redução de tributos, qualificação da mão-de-obra nacional e construção de uma infraestrutura que aumente a competitividade da economia brasileira. "O caminho que o Brasil está fazendo é o correto. Temos apenas que fazer ajustes da rota".
Sacconato diz não mostrar preocupação com o fato da economia nacional ter sido impulsionada nos últimos anos pelo mercado de commodities. Afirma que o Brasil deve tirar proveito das vantagens competitivas sobre as commodities. "A China continuará crescendo por um bom tempo e os países mais pobres que demandam comida apresentam crescimento maior do que os países desenvolvidos que demandam computadores", diz. "Criamos, sim, uma certa dependência da China, mas é melhor do que criar dependência da Europa, que apresenta crescimento muito baixo".
São Paulo - A consolidação do Brasil como a sexta maior economia do mundo, como aponta o estudo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês), é justificada pelo diretor de pesquisas da Associação Brain, André Sacconato, pelas reformas macroeconômicas e institucionais realizadas pelo país nos últimos anos e que tiveram como resultado a formação de mercado interno robusto. O desafio agora, segundo o economista, é dar suporte para que essa economia cresça no longo prazo, o que consiste em investir em infraestrutura, facilitar as regras do ambiente de negócios e distribuir renda.
Sacconato cita o mercado interno como o diferencial do Brasil no cenário econômico mundial. Ele diz que isso só se tornou viável com uma estruturação macroeconômica, com destaque para o fim da superinflação, a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e uma distribuição de renda caminhando junto com o crescimento do país. "O crescimento atual do Brasil trouxe benefícios para a classe média, o que gerou um mercado interno que o mundo inteiro está de olho", diz. "Esse é o diferencial do Brasil hoje".
O economista reconhece que o Brasil ainda tem muito para caminhar. Um exemplo disso é que, apesar de ultrapassar o Reino Unido e se colocar como a sexta maior economia global, o país ainda está longe dos líderes do ranking de Produto Interno Bruto per capita. "O cuidado que devemos ter é fazer política de distribuição de renda, o que o Brasil não fez nos anos 1970", afirma. "É interessante olhar para as políticas sociais que foram feitas, como por exemplo as do salário mínimo, para continuar com a distribuição de renda ao longo dos próximos anos".
Ele defende ainda reformas microeconômicas no país, que possibilitem atrair investimentos estrangeiros, e o fortalecimento da indústria nacional por meio de redução de tributos, qualificação da mão-de-obra nacional e construção de uma infraestrutura que aumente a competitividade da economia brasileira. "O caminho que o Brasil está fazendo é o correto. Temos apenas que fazer ajustes da rota".
Sacconato diz não mostrar preocupação com o fato da economia nacional ter sido impulsionada nos últimos anos pelo mercado de commodities. Afirma que o Brasil deve tirar proveito das vantagens competitivas sobre as commodities. "A China continuará crescendo por um bom tempo e os países mais pobres que demandam comida apresentam crescimento maior do que os países desenvolvidos que demandam computadores", diz. "Criamos, sim, uma certa dependência da China, mas é melhor do que criar dependência da Europa, que apresenta crescimento muito baixo".