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Dissidentes do Syriza formam novo grupo parlamentar grego

Este anúncio, publicado no site Left.gr, ligado ao partido, confirma a ruptura do Syriza, que venceu as eleições de 25 de janeiro com 36,3% dos votos

Alexis Tsipras: opositor declarado das políticas de austeridade, Panayiotis Lafazanis acusou Tsipras de "trair" o Syriza e de ceder à pressão dos credores do país, a UE e o FMI (Kostas Tsironis/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 16h23.

Pelo menos 25 deputados dissidentes do partido de esquerda radical Syriza anunciaram nesta sexta-feira a intenção de formar um novo grupo parlamentar, chamado "União Popular", um dia depois da renúncia do primeiro-ministro e líder do Syriza, Alexis Tsipras .

Este anúncio, publicado no site Left.gr, ligado ao partido, confirma a ruptura do Syriza, que venceu as eleições de 25 de janeiro com 36,3% dos votos e prometeu acabar com as políticas de austeridade impostas pela União Europeia.

O novo grupo dissidente é liderado por Panagiotis Lafazanis, de 63 anos, ex-ministro do Meio Ambiente, que perdeu a pasta em uma reforma ministerial em julho, depois de ter manifestado oposição, com outros deputados do Syriza, ao recente acordo entre Atenas e a UE sobre um plano de resgate de 86 bilhões de euros em troca de novas medidas de austeridade.

Opositor declarado das políticas de austeridade, Panayiotis Lafazanis acusou Tsipras de "trair" o Syriza e de ceder à pressão dos credores do país, a UE e o FMI.

Quase 40 deputados do Syriza, dos 149 do partido, votaram contra ou optaram pela abstenção na semana passada durante uma votação no Parlamento grego sobre o acordo com a UE. A situação representou um duro golpe para o governo de coalizão de Tsipras, que perdeu a maioria parlamentar e conta atualmente com 119 deputados de um total de 300.

Na quarta-feira, Alexis Tsipras apresentou sua renúncia ao presidente grego Prokopis Pavlopoulos e defendeu eleições antecipadas, que podem acontecer em 20 de setembro, para poder formar um governo "estável".

Segundo a Constituição grega, a renúncia do primeiro-ministro gera automaticamente um procedimento de "mandatos exploratórios": os três partidos com mais deputados no Parlamento são convocados sucessivamente para tentar formar um governo de coalizão em um prazo de três dias.

Caso nenhum partida consiga formar um novo governo, o presidente convoca eleições antecipadas.

Segundo a imprensa e vários analistas, não está descartada a possibilidade de que Panagiotis Lafazanis, com seu grupo parlamentar de pelo menos 25 deputados, seja convocado para utilizar o "mandato exploratório" se a direita não conseguir formar um governo de coalizão.

Antes da formação desta nova bancada parlamentar de dissidentes do Syriza, teria correspondido ao partido neonazista Amanhecer Dourado (17 deputados), terceiro partido no Parlamento, tentar formar um Executivo.

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Pelo menos 25 deputados dissidentes do partido de esquerda radical Syriza anunciaram nesta sexta-feira a intenção de formar um novo grupo parlamentar, chamado "União Popular", um dia depois da renúncia do primeiro-ministro e líder do Syriza, Alexis Tsipras .

Este anúncio, publicado no site Left.gr, ligado ao partido, confirma a ruptura do Syriza, que venceu as eleições de 25 de janeiro com 36,3% dos votos e prometeu acabar com as políticas de austeridade impostas pela União Europeia.

O novo grupo dissidente é liderado por Panagiotis Lafazanis, de 63 anos, ex-ministro do Meio Ambiente, que perdeu a pasta em uma reforma ministerial em julho, depois de ter manifestado oposição, com outros deputados do Syriza, ao recente acordo entre Atenas e a UE sobre um plano de resgate de 86 bilhões de euros em troca de novas medidas de austeridade.

Opositor declarado das políticas de austeridade, Panayiotis Lafazanis acusou Tsipras de "trair" o Syriza e de ceder à pressão dos credores do país, a UE e o FMI.

Quase 40 deputados do Syriza, dos 149 do partido, votaram contra ou optaram pela abstenção na semana passada durante uma votação no Parlamento grego sobre o acordo com a UE. A situação representou um duro golpe para o governo de coalizão de Tsipras, que perdeu a maioria parlamentar e conta atualmente com 119 deputados de um total de 300.

Na quarta-feira, Alexis Tsipras apresentou sua renúncia ao presidente grego Prokopis Pavlopoulos e defendeu eleições antecipadas, que podem acontecer em 20 de setembro, para poder formar um governo "estável".

Segundo a Constituição grega, a renúncia do primeiro-ministro gera automaticamente um procedimento de "mandatos exploratórios": os três partidos com mais deputados no Parlamento são convocados sucessivamente para tentar formar um governo de coalizão em um prazo de três dias.

Caso nenhum partida consiga formar um novo governo, o presidente convoca eleições antecipadas.

Segundo a imprensa e vários analistas, não está descartada a possibilidade de que Panagiotis Lafazanis, com seu grupo parlamentar de pelo menos 25 deputados, seja convocado para utilizar o "mandato exploratório" se a direita não conseguir formar um governo de coalizão.

Antes da formação desta nova bancada parlamentar de dissidentes do Syriza, teria correspondido ao partido neonazista Amanhecer Dourado (17 deputados), terceiro partido no Parlamento, tentar formar um Executivo.

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