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Dissidente diz ter sofrido 'além da imaginação' na China

O dissidente, um advogado cego muito crítico da política na China, confessou se sentir "muito preocupado" com seus parentes

O dissidente chegou no sábado a Nova York com sua mulher e filhos, onde foi convidado pela Universidade de Direito para atuar como investigador (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2012 às 22h35.

Hong Kong - O dissidente chinês Chen Guangcheng, que está nos Estados Unidos há uma semana após um conflito diplomático entre Washington e Pequim, disse nesta quinta-feira que suportou na China um sofrimento que vai "além da imaginação".

Em uma entrevista à rede CNN, Chen confirmou que tanto ele como sua mulher foram espancados regularmente durante sua prisão domiciliar.

"É difícil para mim descrever o que acontecia. Digamos simplesmente que meu sofrimento ia além da imaginação", afirmou, completando que ninguém pode ter ideia das "brutalidades" que teve de suportar.

"Falarei disso em outro momento. Não quero falar disso agora", completou.

O dissidente, um advogado cego muito crítico da política de filho único e das esterilizações forçadas na China, confessou se sentir "muito preocupado" com seus parentes que o ajudaram a fugir da prisão domiciliar ao qual era submetido havia 19 meses, antes de poder deixar o país.

Um advogado anunciou nesta quinta-feira que seu irmão, Chen Guangfu, também tinha conseguido chegar a Pequim após escapar da vigilância de seus guardas.

Chen desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim ao se refugiar na embaixada americana na capital chinesa durante seis dias no fim de abril, onde pediu ajuda para sair da China.

O dissidente chegou no sábado a Nova York com sua mulher e filhos, onde foi convidado pela Universidade de Direito para atuar como investigador adjunto.

Chen reiterou que deseja retornar à China em um futuro próximo.

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Hong Kong - O dissidente chinês Chen Guangcheng, que está nos Estados Unidos há uma semana após um conflito diplomático entre Washington e Pequim, disse nesta quinta-feira que suportou na China um sofrimento que vai "além da imaginação".

Em uma entrevista à rede CNN, Chen confirmou que tanto ele como sua mulher foram espancados regularmente durante sua prisão domiciliar.

"É difícil para mim descrever o que acontecia. Digamos simplesmente que meu sofrimento ia além da imaginação", afirmou, completando que ninguém pode ter ideia das "brutalidades" que teve de suportar.

"Falarei disso em outro momento. Não quero falar disso agora", completou.

O dissidente, um advogado cego muito crítico da política de filho único e das esterilizações forçadas na China, confessou se sentir "muito preocupado" com seus parentes que o ajudaram a fugir da prisão domiciliar ao qual era submetido havia 19 meses, antes de poder deixar o país.

Um advogado anunciou nesta quinta-feira que seu irmão, Chen Guangfu, também tinha conseguido chegar a Pequim após escapar da vigilância de seus guardas.

Chen desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim ao se refugiar na embaixada americana na capital chinesa durante seis dias no fim de abril, onde pediu ajuda para sair da China.

O dissidente chegou no sábado a Nova York com sua mulher e filhos, onde foi convidado pela Universidade de Direito para atuar como investigador adjunto.

Chen reiterou que deseja retornar à China em um futuro próximo.

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