O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), se reúne em Nova York, nos Estados Unidos, com o diretor administrativo e responsável pela seção latino-americana da agência de classificação de risco Morgan Stanley, Stephen Cunninghan.

Ainda nesta quarta-feira, Dirceu se encontrará com Alan Belda, da Alcoa, e Paulo Vieira da Cunha, vice-presidente do Lehman Brothers. Em todos os encontros, o presidente do PT vai prestar esclarecimentos sobre o programa de governo do partido.

Nesta terça-feira, Dirceu se encontrou com o economista-chefe do banco JP Morgan John Lipsky e com o vice-presidente do Citigroup, Stanley Fischer.

Em sua visita ao país, ele afirmou que uma eventual vitória petista não significará a suspensão dos pagamentos da dívida brasileira e disse que Luiz Inácio Lula da Silva honrará os compromissos do país se eleito, mas que haverá mudanças na política econômica.

"Uma mudança no governo do Brasil não será uma ruptura de contratos, mas uma mudança na política econômica", explicou, antes de uma reunião com Fischer.

Sua discussão com os banqueiros não mencionou o Fundo Monetário Internacional (FMI), nem a necessidade de possíveis financiamentos para a transição política, porque o governo garantiu à oposição que não procura novo empréstimo do FMI, acrescentou Dirceu.

Dirceu já se reuniu com investidores do J.P. Morgan e analistas da agência de classificação Standard & Poors, em uma tentativa de convencê-los de que se o Brasil está com problemas é porque o governo errou em algum momento. Nesta quarta, Lula estará em Recife (PE) fazendo campanha.