A presidente do Brasil, Dilma Rousseff conversa com a chanceler alemã Angela Merkel em reunião do G20 (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h37.
Brasília - Em meio às discussões sobre a crise financeira europeia na reunião de Cúpula do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), a presidente Dilma Rousseff esteve hoje (19) com a chanceler alemã, Angela Merkel. O encontro foi o primeiro compromisso de Dilma antes de participar da segunda sessão de trabalho do G20, em Los Cabos, no México. A reunião será finalizada ainda nesta terça-feira com a divulgação da Declaração de Los Cabos pelos chefes de Estado e de Governo do G20.
A agenda da cúpula, que teve ontem a primeira das três sessões de trabalho, deve ser monopolizada pela crise europeia, agravada nos últimos meses e que já provoca a desaceleração do crescimento mundial. Em discursos, a presidente Dilma tem demonstrado discordância com algumas medidas que os países da zona do euro vêm adotando para sair da crise financeira, como a excessiva injeção de recursos na economia pelos bancos centrais e a ausência de políticas fiscais de ampliação da capacidade de investimento para retomar o crescimento. Dilma defende a adoção de medidas que combinem austeridade fiscal e investimentos para estimular o consumo.
A presidente deve aproveitar a reunião do G20 para também buscar acordo sobre o texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No México, ela terá a oportunidade de encontrar líderes que não vão comparecer à Rio+20, como Angela Merkel e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Ontem (18), antes da primeira sessão de trabalho da cúpula, Dilma participou de reunião dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que se dispuseram a aumentar o aporte de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) sob uma série de condições. Os países emergentes exigiram que os recursos adicionais só sejam usados para ajudar países em crise depois que o FMI tiver esgotado os fundos já disponíveis e se as reformas que ampliam o poder do Brics no FMI forem concluídas.