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Não nos envergonhamos das políticas de subsídios, diz Dilma

A candidata do PT alertou para os problemas que o país teria caso seu governo "não tivesse feito uma política industrial".

Dilma: ela visitou a arena de provas da Olimpíada do Conhecimento por volta das 10h (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h24.

Belo Horizonte - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) voltou a defender nesta quarta-feira, 3, em Belo Horizonte, todas as realizações de seu governo na área industrial.

Ela reconheceu que tem muito ainda a ser feito, porque o país enfrenta um momento difícil, mas alertou para os problemas que o país teria caso seu governo "não tivesse feito uma política industrial".

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Antes de iniciar uma carreata no bairro Venda Nova, em Belo Horizonte, Minas Gerais, que durou 15 minutos, Dilma discursou e citou novamente o Pronatec, programa de formação técnica, que ela considera uma dos pilares da política industrial, e o programa Ciência sem Fronteiras, pelo qual universitários brasileiros podem fazer estágios em indústrias de outros países.

"Eu tenho certeza de que um dos grandes alicerces da política industrial é a geração de inovação. É esse o caminho para transformar a indústria nacional."

Ela aproveitou para criticar a adversária Marina Silva (PSB), por "ignorar ou eliminar dois pontos importantes da política industrial": os critérios de conteúdo nacional e o crédito subsidiado dos bancos públicos.

Para exemplificar a importância desta fonte de recursos, Dilma citou o agronegócio e o programa de habitação Minha Casa Minha Vida.

"Nós damos subsídios. Não nos envergonhamos das políticas de subsídios. É absolutamente temerário, inacreditável, alguém que proponha a redução do papel dos bancos públicos."

A candidata do PT disse que se forem implementadas as propostas feitas pelos adversários, os empregos dos brasileiros correm risco.

E destacou novamente a necessidade de apontar a origem dos recursos para colocar em prática as medidas apresentadas.

Com relação à afirmação de que o PT estaria fazendo uma reedição da política do medo, da qual foi vítima em 2002 então candidato do partido Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma disse que se trata da "política da verdade".

E destacou também a importância do apoio do Congresso para a governabilidade.

"Se você não tem número suficiente de deputados (em sua base de apoio), você não aprova nenhum projeto. Na democracia a gente perde e a gente ganha. Perdi algumas vezes, mas ganhei outras tantas no Congresso. O importante é não ceder diante da necessidade do povo brasileiro ".

Antes de vir a Venda Nova, a presidente visitou a arena de provas da Olimpíada do Conhecimento por volta das 10h, acompanhada pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

E também falou a empresários que a aguardavam no local. Na avenida do distrito de Belo Horizonte, onde Dilma escolheu fazer a carreata, muitos jovens a aguardavam no local, cantando gritos de guerra a favor da presidente e contra Aécio Neves (PSDB).

Da carreata, participaram os candidatos ao governo de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT), a vice-governador Antonio Andrade (PMDB) e o ao Senado, Josué Alencar (PMDB).

Esta é a terceira visita de Dilma à Minas Gerais após o início oficial da campanha eleitoral. A última vez que esteve em Belo Horizonte foi no dia 20 de agosto, quando visitou as instalações do Senai do bairro Horto.

Em 08 de junho, Dilma foi às estações do BRT Move e inaugurou o Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP), no bairro Buritis.

No início de agosto, a presidente participou do lançamento da campanha de Josué Alencar (PMDB) ao Senado, na cidade de Montes Claros, no norte do Estado.

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