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Dilma diz que tem inflação e contas públicas sob controle

Presidente disse que a "situação real" vivida pelo Brasil é de controle em um momento em que a alta dos preços começa a afetar sua popularidade

Dilma: "é muito importante que o Brasil tenha uma visão do seu futuro condizente com a situação real que vive e a situação real que o Brasil vive é inflação sob controle, contas públicas sob controle" (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 13h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que a "situação real" vivida pelo Brasil é de inflação e contas públicas sob controle em um momento em que a alta dos preços e a fragilidade da economia começam a afetar sua popularidade.

Em cerimônia de lançamento do programa Minha Casa Melhor, a presidente aproveitou para atacar aqueles que afirmam que a elevação dos preços pode fugir ao controle e fez questão de dizer que "não há a menor hipótese" de seu governo ser leniente com a inflação.

"Não há a menor hipótese, primeiro porque a inflação não está sem controle, e segundo porque o governo tem todas as condições para impedir que ela fuja do controle", disse Dilma em discurso para lançar o programa, que facilita acesso a bens como eletrodomésticos a beneficiados pelo programa Minha Casa Minha Vida.

Em um momento em que pesquisas de opinião apontam queda na popularidade da presidente principalmente por conta da alta da inflação, Dilma foi enfático ao elogiar a atual situação econômica do país.

"É muito importante que o Brasil tenha uma visão do seu futuro condizente com a situação real que vive e a situação real que o Brasil vive é inflação sob controle, contas públicas sob controle", disse.

"Isso significa que quando nós olhamos no entorno a relação do Brasil com vários componentes que caracterizam os indicadores macroeconômicos, é muito saudável." No fim de semana, um levantamento do instituto Datafolha apontou queda de sete pontos na popularidade da presidente e, na terça, a tendência também foi mostrada em pesquisa CNT/MDA.


A queda na popularidade da presidente acontece no pior momento de seus quase dois anos e meio de governo, com Dilma enfrentando problemas econômicos e ressentimentos em sua base aliada no Congresso.

Ao rebater os críticos, disse que aqueles que agora afirmam que a inflação sairá do controle são os mesmos que, no início do ano, apontavam risco de problemas no abastecimento de energia elétrica e racionamento, o que a presidente chamou de "leviandade política".

"E leviandade política é grave, porque ela não afeta uma pessoa, ela afeta o país", disparou.

Rejeitando o Pessimismo

A presidente, que no início da semana fez uma viagem a Portugal, um dos países mais afetados pela crise econômica na zona do euro, também lançou mão de um clássico da literatura portuguesa para atacar os críticos.

Dilma mencionou o personagem conhecido como Velho do Restelo, da obra "Os Lusíadas", do poeta português Luís de Camões, que expressava pessimismo com as grandes explorações portuguesas iniciadas no final do século 15 e que resultaram na descoberta de um novo caminho para as Índias e na chegada ao Brasil.

"O Velho do Restelo é um personagem que encontra eco através da história", disse. "Hoje o Velho do Restelo não pode, não deve e, eu asseguro para vocês, não terá a última palavra no Brasil." (Reportagem de Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro)

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que a "situação real" vivida pelo Brasil é de inflação e contas públicas sob controle em um momento em que a alta dos preços e a fragilidade da economia começam a afetar sua popularidade.

Em cerimônia de lançamento do programa Minha Casa Melhor, a presidente aproveitou para atacar aqueles que afirmam que a elevação dos preços pode fugir ao controle e fez questão de dizer que "não há a menor hipótese" de seu governo ser leniente com a inflação.

"Não há a menor hipótese, primeiro porque a inflação não está sem controle, e segundo porque o governo tem todas as condições para impedir que ela fuja do controle", disse Dilma em discurso para lançar o programa, que facilita acesso a bens como eletrodomésticos a beneficiados pelo programa Minha Casa Minha Vida.

Em um momento em que pesquisas de opinião apontam queda na popularidade da presidente principalmente por conta da alta da inflação, Dilma foi enfático ao elogiar a atual situação econômica do país.

"É muito importante que o Brasil tenha uma visão do seu futuro condizente com a situação real que vive e a situação real que o Brasil vive é inflação sob controle, contas públicas sob controle", disse.

"Isso significa que quando nós olhamos no entorno a relação do Brasil com vários componentes que caracterizam os indicadores macroeconômicos, é muito saudável." No fim de semana, um levantamento do instituto Datafolha apontou queda de sete pontos na popularidade da presidente e, na terça, a tendência também foi mostrada em pesquisa CNT/MDA.


A queda na popularidade da presidente acontece no pior momento de seus quase dois anos e meio de governo, com Dilma enfrentando problemas econômicos e ressentimentos em sua base aliada no Congresso.

Ao rebater os críticos, disse que aqueles que agora afirmam que a inflação sairá do controle são os mesmos que, no início do ano, apontavam risco de problemas no abastecimento de energia elétrica e racionamento, o que a presidente chamou de "leviandade política".

"E leviandade política é grave, porque ela não afeta uma pessoa, ela afeta o país", disparou.

Rejeitando o Pessimismo

A presidente, que no início da semana fez uma viagem a Portugal, um dos países mais afetados pela crise econômica na zona do euro, também lançou mão de um clássico da literatura portuguesa para atacar os críticos.

Dilma mencionou o personagem conhecido como Velho do Restelo, da obra "Os Lusíadas", do poeta português Luís de Camões, que expressava pessimismo com as grandes explorações portuguesas iniciadas no final do século 15 e que resultaram na descoberta de um novo caminho para as Índias e na chegada ao Brasil.

"O Velho do Restelo é um personagem que encontra eco através da história", disse. "Hoje o Velho do Restelo não pode, não deve e, eu asseguro para vocês, não terá a última palavra no Brasil." (Reportagem de Maria Carolina Marcello e Jeferson Ribeiro)

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