Dilma Rousseff: na semana passada, a presidente já havia desistido de ir a outro evento (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 20h48.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff deve levar alguns dias para retomar seu ritmo normal de trabalho. Acometida por uma pneumonia, Dilma foi orientada pelos seus médicos a limitar a agenda presidencial e manter o isolamento no fim de semana.
Segundo o pneumologista do Instituto do Coração (Incor) Rafael Stelmach, não existe relação entre a vacina contra a gripe que Dilma recebeu na semana passada e a infecção pulmonar. "A pneumonia é uma doença comum em época de mudança de clima", ressaltou o médico, que não faz parte da equipe que atendeu a presidente no Hospital Sírio-Libanês no fim de semana.
Na avaliação do especialista, Dilma não tinha contraindicações para ser vacinada, mesmo apresentando alguns sintomas de gripe desde sua viagem à China. Stelmach explicou que a vacina é feita com vírus mortos que causaram gripe no ano anterior e que provavelmente a presidente se contaminou com uma outra cepa. "A vacina não tem poder de causar a doença", disse Stelmach.
O médico explicou que algumas pessoas apresentam reações à vacina, como febre, resfriado e mal-estar. A imunidade à gripe só vem após duas semanas da aplicação da vacina. O objetivo da vacinação é imunizar grupos mais suscetíveis à doença, como idosos, evitando assim que o quadro se agrave e se transforme em pneumonia. "Dependendo da gravidade, a pneumonia leva à morte", afirmou.
Em casos mais graves, os pacientes com pneumonia provocada por vírus são tratados com antivirais nas primeiras 24 a 36 horas. Já a pneumonia bacteriana é tratada com antibióticos. Para recuperação total do paciente, o melhor remédio é mesmo o repouso. "O certo é isolar o paciente por uns três dias", explicou. Quanto à recuperação da presidente, o médico afirma que tudo vai depender da gravidade da pneumonia. "Não dá para prever".