Brasília -A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira (5) os efeitos que serão causados pelas quedas recentes do preço do petróleo no mercado internacional.
Em entrevista coletiva concedida em Quito, no Equador, onde participa da Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente disse que o “mundo inteiro vai ser afetado, de uma forma ou de outra, alguns positivamente, outros negativamente”.
“Sempre que o preço das commodities cai, impacta tanto as [commodities] minerais como as alimentícias, impacta os países dominantemente produtores de commodities. A América Latina tem uma grande participação nisso. Nesse sentido, ela vai ser impactada pela queda do preço”, disse.
Segundo ela, no entanto, o Brasil sofre impacto das variações dos preços, mas tem outra diversidade.
Para a presidente, os países que mais serão afetados com a queda são os que tributam sobre o petróleo e obtêm do produto uma das principais fontes de arrecadação, o que não é o caso do Brasil.
Do outro lado, segundo ela, existem as nações que são afetadas beneficamente com a queda, pois importam a matéria-prima. Mais cedo, durante discurso na Unasul, Dilma havia dito que “o desafio do desenvolvimento é ainda maior” na atual conjuntura da crise internacional de queda nos preços”.
Sobre a cúpula, Dilma informou que foi definido um plano de ação para os próximos passos da Unasul. Algumas decisões já foram aprovadas conjuntamente, como o estatuto e o regulamento da Escola Sul-Americana de Defesa e a criação de uma unidade de apoio eleitoral entre os países. Outras propostas, como a de um banco de preços de medicamentos para facilitar a comercialização e a gestão de riscos de desastres naturais, ainda estão em discussão.
Um dos principais pontos que entrou em pauta na reunião dos chefes de Estado e de Governo, inclusive no discurso da presidente, foi a ampliação dos investimentos em infraestrutura.
Segundo Dilma, os 33 projetos considerados principais pela comissão da Unasul encarregada de planejar as ações serão reduzidos para até sete, com o intuito de implementá-los “de fato”.
Durante a Cúpula, os líderes dos 12 países participaram de cerimônia de inauguração da nova sede da Unasul, em Quito. Uma estátua em homenagem a Néstor Kirchner, ex-presidente argentino e primeiro secretário-geral do bloco, foi inaugurada.
Durante o evento, o presidente do Equador, Rafael Correa, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o novo secretário-geral, Ernesto Samper, elogiaram o ex-presidente, falecido em 2010, e destacaram a importância da integração regional.
- 1. Tabuleiro negro
1 /16(Getty Images)
São Paulo – Não, o Brasil não está nesta lista — ainda. Pelas previsões da Agência Internacional de Energia (AIE), com os recursos do
pré-sal , o país deverá se tornar o sexto maior exportador mundial de
petróleo no mundo, dentro de duas décadas. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), já em 2022, as exportações brasileiras chegarão à casa de 1,5 milhão de barris/dia de petróleo. Mas o tabuleiro da exportação do ouro negro, compilado com base em dados da
Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), pode balançar antes. O motivo é o boom de xisto nos Estados Unidos. Com produção em ritmo nunca antes visto, o país estuda eliminar limitações às vendas de petróleo bruto, adotadas como medida de proteção em meados da década de 70, durante a crise do óleo. Além de deixar o posto de
maior importador mundial, o país pode pular para o outro lado, e se tornar um importante exportador de petróleo. Veja a seguir os países que podem ver seu império ameaçado, por perder um grande comprador, e, quiçá, ganhar um adversário.
2. 1 - Arábia Saudita 2 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 8,8 milhões |
Reservas totais em barris | 265,9 bilhões |
3. 2 - Rússia 3 /16(GettyImages)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 7,2 milhões |
Reservas totais em barris | 87,2 bilhões |
4. 3 - Emirados Árabes Unidos 4 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,59 milhões |
Reservas totais em barris | 97,8 bilhões |
5. 4 - Kuwait 5 /16(AFP/Getty Images/Arquivo/Mario Tama)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,41 milhões |
Reservas totais em barris | 101,5 bilhões |
6. 5 - Nigéria 6 /16(Jrobin08/Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,25 milhões |
Reservas totais em barris | 37,2 bilhões |
7. 6 - Iraque 7 /16(Warrick Page/Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 2,23 milhões |
Reservas totais em barris | 150 bilhões |
8. 8 - Catar 8 /16(Patrick Baz/AFP)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,84 milhão |
Reservas totais em barris | 23,9 bilhões |
9. 9 - Angola 9 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,73 milhão |
Reservas totais em barris | 12,7 bilhões |
10. 10 - Venezuela 10 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,71 milhão |
Reservas totais em barris | 297,6 bilhões |
11. 11 - Noruega 11 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,68 milhão |
Reservas totais em barris | 7,5 bilhões |
12. 12 - Canadá 12 /16(Wikimedia Commons)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,57 milhão |
Reservas totais em barris | 173,9 bilhões |
13. 13 - Argélia 13 /16(Kjetil Alsvik/AFP)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,54 milhão |
Reservas totais em barris | 12,2 bilhões |
14. 14 - Cazaquistão 14 /16(Getty Images)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,35 milhão |
Reservas totais em barris | 30 bilhões |
15. 15 - Líbia 15 /16(Shawn Baldwing/Bloomberg)
Petróleo | |
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Exportação em barris/dia | 1,31 milhão |
Reservas totais em barris | 48 bilhões |
16. Mudanças à vista? 16 /16(Getty Images)