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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h49.
Bush parou no meio do caminho. É uma acusação à qual o presidente americano deve se acostumar, em pleno início de campanha à reeleição. Se derrubar as tarifas de proteção à indústria siderúrgica local, mas adotar um pacote de benefícios por outras vias, ainda assim a União Européia promete baixar duras retaliações contra produtos de vestuário, passando por lanchas até suco de laranja, no valor de 2,2 bilhões de dólares. Segundo a edição online do Wall Street Journal de hoje (3/12), para a UE "mesmo meias medidas vão causar retaliação total".
Se vier mesmo o troco da Europa, será imediata a choradeira da Flórida ao Michigan, estados produtores dos itens de exportação sacrificados por causa do aço.
O WSJ também informa que Bush se reuniu ontem com seu vice-presidente, Dich Cheney, o secretário de comércio Don Evans e o representante comercial Robert Zoellick, para tratar exclusivamente desse dilema. O jornal chega a afirmar que há risco de que uma guerra comercial com a Europa derrube a recuperação econômica americana, "tão crucial para a tentativa de reeleição de Bush".
Se decidir baixar o escudo de proteção ao aço americano sem afagos compensatórios, será a vez de Virgínia, Ohio e Pensilvânia se revoltarem. Thomas Usher, presidente da U.S. Steel, conclamou o presidente ontem a não deixar "o serviço pela metade", e afirmou que a siderurgia americana ainda necessita das tarifas para seguir em sua reestruturação. O prazo original da proteção era de três anos.