Economia

Diesel tem queda de 18% no preço em 2020, mas postos não acompanham

Preço do petróleo em queda levou Petrobras a reduzir valor do combustível mais uma vez nesta sexta-feira, em 5%

Óleo Diesel: preço médio do óleo diesel nas bombas havia acumulado queda de cerca de 2% no ano (Sergio Moraes/Reuters)

Óleo Diesel: preço médio do óleo diesel nas bombas havia acumulado queda de cerca de 2% no ano (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 16h36.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 16h39.

Rio de Janeiro  — A Petrobras reduzirá o preço médio do óleo diesel nas refinarias em 5% a partir de sábado, acumulando uma queda de 18% apenas neste ano, com a empresa acompanhando as reduções nas cotações do petróleo em meio a temores de desaceleração na demanda global devido ao avanço do coronavírus.

A gasolina, por sua vez, terá seu valor médio reduzido em 4% nas refinarias a partir de sábado, acumulando recuo de 12% em 2020, segundo a companhia e dados compilados pela Reuters.

"O ajuste está em consonância com a queda de preços no mercado internacional. O coronavírus levou a uma retração muito grande dos preços (de petróleo e combustíveis) nos últimos dias, e isso estava trazendo uma defasagem grande do preço doméstico em relação ao importado", disse o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.

Os preços nos postos, no entanto, não têm refletido as quedas na mesma proporção.

Recuo menor nas bombas

Até a última semana, o preço médio do óleo diesel nas bombas havia acumulado queda de cerca de 2% no ano, segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), contra recuo de 13,8% no valor médio da Petrobras nas refinarias --sem considerar a redução de sábado.

Já o valor médio da gasolina nos postos teve uma queda acumulada de 0,5% no ano até a última semana, ante um recuo de 8,6% do combustível vendido pela Petrobras nas refinarias.

Os cortes de preços da petroleira estatal refletem a política que segue o princípio da paridade de importação, que leva em conta preços no mercado internacional mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

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