Economia

Preço da cesta básica aumentou em 17 capitais em maio

De acordo com pesquisa do Dieese, as maiores elevações foram registradas no Nordeste


	O preço do tomate, por exemplo, aumentou em 18 cidades
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

O preço do tomate, por exemplo, aumentou em 18 cidades (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 17h16.

São Paulo - Pelo segundo mês consecutivo, o preço da cesta básica subiu em 17 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com a pesquisa, divulgada hoje (9), as maiores elevações em maio foram registradas nas cidades do Nordeste: Salvador (10,69%), Fortaleza (8,89%) e Recife (7,73%). O único decréscimo foi registrado em Aracaju (-1,58%).

Em maio, o maior custo da cesta foi registrado em São Paulo (R$ 402,05), seguido do Rio de Janeiro (R$ 395,23), Florianópolis (R$ 394,29) e Vitória (R$ 387,92).

Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 277,16), João Pessoa (R$ 303,80) e Natal (R$ 312,41).

Os produtos com maiores altas de preços foram tomate, pão francês, carne bovina, leite e  óleo de soja, enquanto o feijão apresentou retração de valor na maioria das capitais.

O preço do tomate aumentou em 18 cidades, com taxas que oscilaram entre 3,02% (em Aracaju) e 63,94% (em Florianópolis).

Houve elevação do preço do pão francês em 16 capitais, estabilidade em Aracaju e redução em Goiânia (-0,83%). Os aumentos oscilaram entre 0,12% (em João Pessoa) e 3,67% (em Curitiba).

A carne bovina aumentou em 16 cidades, no mês de maio, com taxas que oscilaram entre 0,41% (em Vitória) e 8,09% (em Fortaleza). Os recuos foram anotados em Aracaju (-2,83%) e Vitória (-0,95%).

O preço do leite aumentou na maioria das cidades pesquisadas. Houve redução em três capitais: Manaus (-1,33%), Belém (-0,65%) e Recife (-0,63%). As altas variaram entre 0,32% (no Rio de Janeiro) e 5,02% (em Brasília).

O óleo de soja ficou mais caro em 12 cidades. As maiores altas foram verificadas em Natal (4,12%), Florianópolis (3,96%), Belo Horizonte (3,30%) e Goiânia (2,33%). As maiores retrações ocorreram em Aracaju (-9,38%) e Rio de Janeiro (-3,30%).

O preço do feijão diminuiu em todas as capitais pesquisadas, exceto Belém. Tanto o tipo preto (pesquisado nas cidades do Sul, no Rio de Janeiro, em Vitória e Brasília) quanto o carioquinha (pesquisado no Norte, Nordeste, em Campo Grande, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte) mostraram reduções que variaram entre -8,43% (em Florianópolis) e -1,14% (em Manaus).

Segundo o Dieese, em maio de 2015, o valor necessário para arcar com as despesas de uma família era R$ 3.377,62 – 4,29 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 788.

Nos últimos 12 meses (junho de 2014 a maio de 2015), as 18 capitais acumularam altas da cesta básica que variaram de 3,12% (em Belo Horizonte) e 5,07% (em Porto Alegre) a 25,41% (em Salvador). Também foram registradas fortes altas acumuladas em Goiânia (16,94%) e Aracaju (14,66%).

Acompanhe tudo sobre:Alimentaçãocesta-basicaConsumoDieesePobrezaRegião NordesteTrigo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor