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Dias crê em geração de empregos a partir de agosto

O resultado de julho (+11.796 postos) é o pior para o mês desde 1999, quando o mês registrou a criação de 8.057 postos de trabalho

Manoel Dias: ministro se declarou otimista em relação aos próximos meses (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 16h33.

Brasília - O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, disse que a geração de empregos "chegou ao fundo do poço" em julho e que a partir de agosto os números serão melhores.

A fala do ministro ocorreu nesta quinta-feira, 21, na sede do Ministério, durante a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ( Caged ).

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O resultado de julho (+11.796 postos) é o pior para o mês desde 1999, quando o mês registrou a criação de 8.057 postos de trabalho.

Dias avaliou que a indústria tem jogado os números para baixo. Ele observou que entre os grandes setores, foi o único que demitiu no mês. Foram 15.392 postos a menos.

O ministro, no entanto, se declarou otimista em relação aos próximos meses.

"A indústria já passou seu período de ajuste e agora teremos recuperação", afirmou.

"Historicamente, agosto e setembro são bons para geração de emprego. Chegamos ao fundo do poço, agora vamos continuar recuperando a geração de emprego", defendeu.

Segundo ele, a expectativa é de que o resultado da indústria, em agosto, deve voltar a ser positivo.

O ministro ainda defendeu que os números, a despeito de baixos, demonstram que o país ainda é "campeão em geração de emprego" e que mostra a capacidade de combater crises sem destruição de postos.

Para o ministro, o restante do ano será de números melhores. Ele lembrou que o período é de contratações em função das festas de fim de ano.

Dias ainda fez questão de destacar números de Santa Catarina. Segundo ele, depois do boicote do ocidente à Rússia e da decisão do país de buscar carne no Brasil, a demanda pela proteína cresceu.

Em função das compras russas, ele afirmou que 2 mil novas vagas foram criadas no estado em julho e que a perspectiva para os próximos meses é de mais 10 mil postos.

Dias ainda avaliou as políticas de estímulo ao crédito, anunciadas nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central.

"O aumento do crédito vai ser um dos lados que vão ajudar na recuperação da geração de emprego", ponderou.

Comparação

O MTE, que divulgou dados do Caged de julho nesta tarde, disse que o saldo de emprego formal em julho caiu 83,89% ante julho de 2013, em dados com ajuste.

No entanto, o dado do mês passado que aparece como ajustado nos documentos divulgados pela pasta, de 11.796 vagas, não contém qualquer ajuste.

O ministério, quando questionado pela reportagem, informou que não irá mais divulgar o número e observou que nas próximas apresentações do Caged o dado que apareceu hoje como "ajustado" - uma geração de vagas positiva em 11.796 - será corrigido.

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