Economia

Desta vez acho que Wall St. deve se preocupar, disse Obama

"Quando se tem uma situação em que uma facção está disposta a colocar o país em default, é porque estamos com problemas", disse o presidente


	Barack Obama: presidente afirmou ainda que, se o Congresso reabrir o governo e elevar o teto da dívida, ele vai entrar nas negociações orçamentárias
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Barack Obama: presidente afirmou ainda que, se o Congresso reabrir o governo e elevar o teto da dívida, ele vai entrar nas negociações orçamentárias (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 17h40.

Wall Street precisa estar verdadeiramente preocupada desta vez com o que está acontecendo em Washington, advertiu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em entrevista à rede de televisão norte-americana CNBC.

"Quando se tem uma situação em que uma facção está disposta a colocar o país em default, é porque estamos com problemas", disse Obama.

Na entrevista, o presidente disse estar "exasperado" com o Tea Party, a ala conservadora do Partido Republicano, afirmando que a hostilidade desse grupo afeta não somente o funcionamento do governo, mas a saúde da economia.

"Se isso virar um hábito, nenhum presidente que vier depois de mim será capaz de governar com eficiência", afirmou. "Sei que o povo norte-americano, e acredito que as empresas também, estão cansadas dessa governança de crise a crise. Será ainda pior se nos colocarem em default pela primeira vez na história."

Obama afirmou ainda que, se o Congresso reabrir o governo e elevar o teto da dívida, ele vai entrar nas negociações orçamentárias. Apesar de dizer que não toma decisões baseadas na performance do mercado de ações, o presidente frisou que o atual impasse pode ter grande impacto nas empresas.

Fed - Obama não quis comentar quem deve ser o escolhido para suceder Ben Bernanke na presidência do Federal Reserve. "Ben ainda está lá e está fazendo um bom trabalho", afirmou.

O presidente disse somente que o escolhido terá que atentar para a inflação e o emprego, mantendo o mandato duplo do Fed.

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