Economia

Desenvolvimento;exige alianças entre empresas e governos, diz WEF

CEOs ouvidos pelo Fórum Econômico Mundial indicaram a China como o mercado emergente mais importante, seguido de Índia, Brasil, Rússia, África do Sul, Sudeste Asiático e Oriente Médio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

Nove entre dez presidentes executivos entrevistados pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) acreditam que parcerias entre empresas, governos e sociedade civil são importantes no enfrentamento dos desafios que afetam o mundo hoje (leia reportagem de EXAME sobre alguns desses desafios) . Um relatório recém-lançado pelo WEF avalia a experiência da comunidade internacional de negócios com esse tipo de aliança.

As iniciativas mencionadas no documento adotam como princípio o respeito à lógica empresarial e a recusa à duplicação de esforços com os governos. Incluem projetos para incrementar a qualidade do ensino público, reformar a assistência de saúde, fortalecer o setor financeiro e construir mecanismos de combate à corrupção. Na Índia, África do Sul e Oriente Médio, por exemplo, foram identificadas parcerias para conceder crédito e orientação para micro empresas e jovens empreendedores. Projetos de e-learning foram postos em prática no Paquistão, Filipinas e Malásia. Para os pesquisadores do WEF, os projetos ilustram o desafio de espalhar os benefícios da inovação tecnológica, das redes e habilidades na solução de problemas do setor privado. Os CEOs que participaram do levantamento enfatizaram que a contribuição mais importante que podem oferecer ao desenvolvimento está no modo como conduzem suas próprias empresas.

Segundo o fórum, quase todos os executivos entrevistados indicaram a China como o mercado emergente mais importante. Os demais mercados mais mencionados são Índia, Brasil, Rússia, África do Sul, Sudeste Asiático e Oriente Médio, onde o rápido desenvolvimento econômico e crescente significado geopolítico oferecem enorme potencial de longo prazo para os negócios. Ao mesmo tempo, colocam uma variedade de desafios e riscos para os empreendimentos privados, como reestruturações e incertezas na economia, transições políticas, estruturas de governança em evolução, condições ruins de trabalho, desrespeito aos direitos humanos, desigualdade social e problemas ambientais.

Segundo o relatório da WEF, tudo isso tem importantes implicações para o sucesso e a sobrevivência das empresas, mas não pode ser enfrentado pelo setor privado isoladamente. "As questões são muito complexas e interdependentes, e os recursos e a legitimidade para lidar com elas são muito dispersos entre os setores sociais para que qualquer grupo sozinho tenha todas as soluções", diz Jane Nelson, diretora da Iniciativa de Responsabilidade Social Corporativa da Kennedy School of Government da universidade Harvard, parceira da WEF no projeto.

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