Usina a carvão na China (China Photos/Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 28 de março de 2018 às 16h06.
Última atualização em 28 de março de 2018 às 16h10.
São Paulo - Pelo segundo ano consecutivo, o número de usinas a carvão em desenvolvimento no mundo caiu em 2017, declínio puxado principalmente pela redução de projetos na China e Índia, dois maiores consumidores de carvão para geração de energia.
Segundo um novo relatório divulgado pelos grupos ambientalistas Greenpeace, Sierra Club e CoalSwarm, no ano passado, houve uma queda anual de 28% nas usinas de carvão recém-concluídas (41% nos últimos dois anos), queda de 29% no início de novas obras (73% nos últimos dois anos) e queda de 22% nos projetos em licenciamento e planejamento (59% nos últimos dois anos).
As razões para o contínuo declínio na expansão da energia do carvão incluem restrições mais rígidas a novos projetos pelas autoridades chinesas e um amplo recuo do financiamento para novos projetos na Índia.
Com base na tendência de fechamento nas últimas duas décadas, o relatório prevê que a base mundial de carvão começará a encolher em 2022, à medida que o fechamento de usinas antigas de carvão superar a nova capacidade de geração a partir do carvão.
Apesar do declínio nos projetos baseados no combustível poluente, o relatório alertou que as emissões projetadas para a vida útil da atual base de usinas a carvão continuarão a exceder o orçamento de carbono necessário para atender o Acordo de Paris contra as mudanças climáticas.
A fim de manter as emissões de carvão dentro desse orçamento, novas obras devem ser extintas e as usinas existentes devem ser fechadas em um ritmo acelerado, aconselha o relatório.