Economia

Desemprego sobe para 14,7% na região metropolitana de SP

Segundo os números, o contingente de desempregados foi calculado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais do que no mês anterior


	Carteira de trabalho: segundo os números, o contingente de desempregados foi calculado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais do que no mês anterior
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Carteira de trabalho: segundo os números, o contingente de desempregados foi calculado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais do que no mês anterior (Marcos Santos/USP Imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 13h54.

São Paulo - A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu em fevereiro para 14,7%, pequena elevação em relação aos 14,% de janeiro.

Divulgados hoje (30), na capital paulista, os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), elaborada todos os meses pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

Segundo os números, o contingente de desempregados foi calculado em 1,617 milhão de pessoas, 68 mil a mais do que no mês anterior.

Esse volume é decorrente da redução do nível de ocupação com a eliminação de 133 mil postos de trabalho (-1,4%) e da População Economicamente Ativa (PEA), que registrou 65 mil pessoas deixando o mercado de trabalho, o que equivale a 0,6%.

Os dados indicam também que, em fevereiro, o nível de ocupação caiu 1,4% e o contingente de ocupados foi estimado em 9,384 milhões de pessoas.

O resultado ocorreu em função da queda de empregados na indústria (-4,6%, equivalente a 68 mil postos de trabalho a menos), comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-3,6% ou a eliminação de 61 mil postos de trabalho) e serviços (-0,4%, com menos 21 mil postos de trabalho).

O setor da construção civil permaneceu estável.

A pesquisa mostrou ainda que o número de assalariados aumentou em 0,3%. No setor privado houve aumento do assalariamento com carteira assinada (0,6%) e caiu o número de assalariados sem carteira assinada (-6,2%).

O contingente de ocupados nas demais posições caiu 8,8%, enquanto o de autônomos reduziu em 4,4% e o de empregados domésticos, 4,4%.

De acordo com a pesquisa, entre dezembro e janeiro o rendimento médio real dos ocupados caiu 0,4%, passando a equivaler a R$ 2.015,00, e dos assalariados ficou estável em R$ 2.057,00.

Quando analisados os últimos 12 meses, a taxa de desemprego alcançou 14,7% em fevereiro deste ano, enquanto no mesmo mês do ano passado chegou a 10,5%.

“Crescer nesse período não é muito estranho, mas não vou dizer que é comum, porque estamos passando de 10,5% para 14,7%, o que não tem nada de usual.Nesse último período, demos um salto razoável. Voltamos ao nível pré-2008”, informou o coordenador da equipe de análise da PED na Fundação Seade, Alexandre Loloian.

Conforme os dados, na comparação com fevereiro do ano passado, o contingente de desempregados aumentou em 479 mil pessoas. As causas foram a eliminação de 312 mil postos de trabalho e a entrada de 167 mil pessoas no mercado.

“Uma variação como essa é inédita na série da nossa pesquisa. Nunca tivemos um aumento tão forte como esse em 12 meses”, concluiu Loloian.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDesempregoDieeseEmprego formalMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor