Economia

Desemprego nos EUA sobe para 5% em setembro

O número de novos postos de trabalho foi inferior aos 168 mil que tinham previsto os economistas, depois do frágil dado de agosto


	Desemprego: taxa chegou a 5%, após a criação de 156 mil novos postos de trabalho
 (Getty Images)

Desemprego: taxa chegou a 5%, após a criação de 156 mil novos postos de trabalho (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2016 às 16h58.

Washington - O índice de desemprego nos Estados Unidos subiu um décimo percentual em agosto - para 5% - devido a uma desaceleração na criação de postos de trabalho, embora a criação privada de empregos tenha mostrado sinais de recuperação.

Em setembro, o setor privado criou 167 mil novos postos de trabalho, enquanto o setor público eliminou 11 mil, por isso a criação total de empregos no mês foi de 156 mil, levemente inferior ao esperado pelos economistas.

Para efeito de comparação, nos últimos 12 meses a média mensal de criação de empregos foi de 178 mil, e no ano passado a média mensal foi de 229 mil.

A criação de 156 mil postos de trabalho em setembro mostra uma tendência similar à de agosto, quando foram criados 167 mil vagas, segundo os números revisados nesta sexta-feira pelo Departamento de Trabalho dos EUA.

Os dados de agosto e setembro contrastam com o forte ritmo de criação de empregos de julho e junho, quando houve 252 mil e 271 mil novos postos, respectivamente, segundo os números revisados.

Com um índice de desemprego de 5%, o número total de desempregados em setembro foi de 7,9 milhões, similar ao mês anterior.

A quantidade de americanos que têm trabalho ou que o buscam e têm pelo menos 16 anos é de 160 milhões de pessoas, o que representa um aumento de quase 500 mil em relação ao mês anterior, segundo o relatório.

Por isso, a alta da taxa de desemprego para 5%, na realidade proporciona sinais encorajadores, porque mostra que começaram a buscar emprego novos trabalhadores e pessoas que tinham perdido a esperança de encontrá-lo, embora o mercado de trabalho tenha agora dificuldades para absorvê-los.

O número dos desempregados de longa duração, ou seja, os que estão há 27 semanas ou mais sem trabalhar, permaneceu praticamente o mesmo - cerca de 2 milhões -, contabilizando 24,9% do total de desempregados dos Estados Unidos.

Atualmente o número de trabalhadores que desistiu de continuar a buscar emprego é de 553 mil, muito similar ao de um ano atrás.

Por setores, os mais ativos quanto a geração de empregos foram os que prestam serviços empresariais e de consultoria, assim como os de alimentação e restaurantes. Já o da mineração continuou caindo, e os de construção e serviços financeiros se mantiveram estáveis.

Quanto aos salários, os números oficiais mostram que a média por hora aumentou em setembro 0,2% em relação a agosto, para US$ 25,79, uma tendência similar à prevista pelos analistas. Com isso, a média de salários por hora subiu nos últimos 12 meses em 2,6%.

Os dados divulgados hoje terão impacto na decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, sobre as taxas de juros de referência, que atualmente estão entre 0,25% e 0,5%.

O Fed vai se reunir no início de novembro e em meados de dezembro e está buscando sinais de melhora no mercado de trabalho para decidir se ele está suficientemente forte para subir as taxas de juros.

Texto atualizado às 15h57

Acompanhe tudo sobre:DesempregoEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Brasil abre 201.705 vagas com carteira assinada em junho, alta de 29,5%

Poder de compra das famílias melhora, mas riscos seguem no radar

Pente-fino: Previdência quer fazer revisão de 800 mil benefícios do INSS até o fim do ano

Reino Unido tem rombo de 22 bilhões de libras em contas públicas

Mais na Exame